Vendas do comércio varejista caem 0,5%, mas acumulam alta de 0,7% no ano

esmo com a queda, o indicador encerrou os primeiros oito meses do ano com expansão de 0,7% no volume de vendas, mas o resultado acumulado nos últimos doze meses também é negativo em 1,6%

Postado em: 11-10-2017 às 10h15
Por: Márcio Souza
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esmo com a queda, o indicador encerrou os primeiros oito meses do ano com expansão de 0,7% no volume de vendas, mas o resultado acumulado nos últimos doze meses também é negativo em 1,6%

O volume de vendas do comércio varejista em todo o país
fechou agosto com queda de 0,5% frente a junho, na série com ajuste sazonal,
depois de quatro meses consecutivos de crescimento, período em que acumulou
expansão de 2,1%. Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PME) foram
divulgados hoje (11), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE).

Mesmo com a queda, o indicador encerrou os primeiros oito
meses do ano com expansão de 0,7% no volume de vendas, mas o resultado
acumulado nos últimos doze meses também é negativo em 1,6%. Ainda assim, o
segmento “reduziu o ritmo de queda, uma vez que este foi o recuo menos intenso
desde os 1,5% de agosto de 2015”, disse o IBGE.

Em relação a agosto de 2016, no entanto, o volume de vendas
do comércio varejista avançou 3,6%, registrando a quinta taxa positiva
consecutiva nesta base de comparação. Os dados indicam, ainda, que a receita
nominal do setor fechou agosto também em queda de 0,1% frente a julho – neste
caso também na série dessazonalizada.

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Os dados da pesquisa indicam também que o comércio varejista
ampliado – que inclui o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e
peças e de material de construção – ficou praticamente estável em termos de
volume entre julho e agosto, com ligeira variação de 0,1% frente a julho ,
registrando alta nas vendas pelo terceiro mês consecutivo.

Comércio ampliado também teve expansão

Nos primeiros oito meses do ano, no entanto, as vendas do
comércio ampliado também fecharam com crescimento (1,9%), enquanto a taxa dos
últimos doze meses ficou negativa em 1,6%.

Comparada a agosto do ano passado, porém, o crescimento das
vendas no varejo ampliado chega a 7,6%.

Do ponto de vista da receita nominal do setor, houve
variação positiva de 0,4% de julho para agosto, crescimento que passa a 2,3% no
ano e de 1,2% na taxa anualizada.

Em comparação a agosto de 2016, a receita nominal do setor
fechou com expansão de 5,1% na receita nominal das vendas.

Pesquisa mostra recuo generalizado

Os dados divulgados hoje indicam que a retração de 0,5% nas
vendas do comércio varejista de julho para agosto, série dessazonalizada, é
generalizada e abrange sete das oito atividades pesquisadas.

As principais taxas negativas foram verificadas em
equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-6,7%);
tecidos, vestuário e calçados (-3,4%); livros, jornais, revistas e papelaria
(-3,1%); e combustíveis e lubrificantes (-2,9%). A atividade de hipermercados,
supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo fechou o mês com queda de
-0,3%.

Já pelo lado da pressão positiva sobre as vendas, aparece o
setor de móveis e eletrodomésticos que, com avanço de 1,7%, permaneceu em
crescimento pelo quarto mês seguido.

Quanto ao comércio varejista ampliado, a variação positiva
de 0,1% é a terceira taxa positiva consecutiva em relação a junho,
influenciada, segundo o IBGE, tanto pelo avanço de 2,8% em veículos e motos,
partes e peças, quanto pelo aumento de 1,8% nas vendas de material de
construção.

Já na comparação com agosto de 2016, o avanço de 3,6% volume
nas vendas no varejo reflete taxas positivas em seis das oito atividades
analisadas. Os destaques foram observados em móveis e eletrodomésticos (16,5%),
hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,7%) que
exerceram as principais contribuições para o resultado global.

Ao comentar o quinto mês consecutivo de aumento do volume
das vendas no varejo em relação a 2016, a gerente da pesquisa do IBGE, Isabella
Nunes, lembrou que o ano passado foi muito difícil para o comércio: “A base de
comparação baixa e a conjuntura econômica mais favorável deste ano ajudaram
nessa série de variações positivas”, disse.

Ao falar da queda de 0,5% em relação a julho, após quatro
meses de alta, Isabella disse que o resultado do índice geral acompanhou a
tendência da maior parte dos grupos de produtos pesquisados, que também vinham
tendo resultados positivos e passaram por uma variação negativa em agosto.
“Porém, esse tipo de ajuste é normal e o quadro deste ano é de estabilidade na
margem até o momento”, afirmou. 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

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