Monitor do PIB sinaliza crescimento de 0,2% em agosto, segundo a FGV

Em termos monetários, o PIB acumulado em 2017 até o mês de agosto, em valores correntes, alcançou a cifra aproximada de R$ 4,368 trilhões

Postado em: 20-10-2017 às 10h15
Por: Márcio Souza
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Em termos monetários, o PIB acumulado em 2017 até o mês de agosto, em valores correntes, alcançou a cifra aproximada de R$ 4,368 trilhões

O Produto Interno Bruto do Brasil
(PIB – a soma de todos os bens e serviços produzidos) teve crescimento de 0,2%
em agosto, comparado com julho. A informação é do Monitor do PIB, divulgado
hoje (20) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas
(Ibre/FGV).

No trimestre móvel encerrado em
agosto, o crescimento foi de 0,6%, em comparação ao trimestre imediatamente
anterior, de acordo com a série ajustada sazonalmente. Em ambas as comparações,
os resultados apontam para a terceira variação positiva consecutiva do
indicador.

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Em termos monetários, o PIB
acumulado em 2017 até o mês de agosto, em valores correntes, alcançou a cifra
aproximada de R$ 4,368 trilhões.

Na avaliação do coordenador do
Monitor PIB-FGV, Caludio Considera, em agosto a economia continuou a crescer
devido “não só ao bom desempenho da agropecuária, mas também de segmentos que,
apesar de ainda continuarem em níveis muito baixos, já começaram a mostrar
sinais de melhora”. Segundo o economista, este é o caso da construção civil e o
da formação bruta de capital fixo “que são fundamentais para uma recuperação
mais consistente da economia a médio e longo prazo”.

Na comparação com o mesmo período
do ano anterior, o PIB apresentou crescimento de 1,1%, no trimestre móvel
encerrado em agosto. Os destaques foram os desempenhos da agropecuária (+12%),
da indústria extrativa mineral (+3,5%), da indústria de transformação (+1,9%),
do comércio (+3,5%) e dos transportes (+2,9%).

Apesar da tendência ascendente, a
construção ainda se encontra em retração (-6%). Já os serviços de informação
apresentaram taxas mais negativas desde o trimestre findo em maio de 2017,
chegando a 3,6% no trimestre encerado em agosto. Já na com o mesmo mês do ano
anterior, o PIB apresentou crescimento de 2% no mês de agosto, o quarto mês
positivo consecutivo.

Consumo das famílias

O consumo das famílias apresentou
crescimento de 1,8% no trimestre móvel findo em agosto, comparativamente ao
mesmo trimestre em 2016; esta é a terceira variação positiva do componente após
registrar 28 trimestres móveis consecutivos de queda em relação ao ano
anterior, com aceleração do crescimento de todos os segmentos de bens de
consumo: o de bens não duráveis cresceu 1,3%, o de semiduráveis, 9%, e o de
duráveis, 9,3%. A única taxa negativa foi a de consumo de serviços, que ao
fechar em queda de 0,5%, contribuiu com -0,3 ponto percentual para o resultado
total do consumo das famílias.

Formação de capital

Embora todos os componentes da formação
bruta de capital fixo (FBCF) terem apresentado melhora com relação às taxas
divulgadas no trimestre móvel até julho, o indicador fechou o trimestre móvel
de junho e agosto com retração de 3%, comparativamente ao mesmo trimestre do
ano passado.

O componente de máquinas e
equipamentos continua na trajetória de crescimento (+5,1%), contribuindo com
1,8 ponto percentual para a melhora do indicador. Já o componente de
construção, apesar de ainda muito negativo (-8,5%), está em trajetória
ascendente pelo terceiro mês consecutivo; o mesmo ocorre com o componente de
outros que apresentou queda de -4,5% no trimestre móvel até agosto após ter
apresentado retração de 6% no 2º trimestre do ano.

A FGV ressalta o fato de que a
taxa de investimento (FBCF sobre o PIB) a preços constantes fechou agosto com
sinais nítidos de melhora, ao atingir 18,3%. Seu ápice foi em outubro de 2013
(24,3%), mas vinha declinando sistematicamente até o início de 2017.

Crescimento das exportações

Outro avanço significativo e que
sinaliza o processo de recuperação da economia diz respeito às exportações, que
apresentaram crescimento de 7,3% no trimestre móvel de junho a agosto,
comparativamente ao mesmo trimestre de 2016. O destaque positivo se deve aos
desempenhos da exportação dos produtos da agropecuária (+20,8%), da indústria
extrativa mineral (+27,7%) e da de bens de consumo duráveis (+38,3%).

Por outro lado, a importação
apresentou retração de 0,3% na comparação do trimestre móvel com o do ano
anterior. “Chama a atenção o desempenho negativo dos produtos agropecuários
(-36,9%) e dos bens de capital (-25,6%); e, de destaque positivo, o desempenho
dos bens de consumo semiduráveis (+52,1%)”, ressalta a publicação. 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução

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