Comércio deve contratar mais de 74 mil trabalhadores temporários, estima CNC

“O cenário para o comércio está bastante positivo para o curto prazo. O comércio interrompe dois anos de queda”, disse o economista-chefe da Divisão Econômica da CNC, Fábio Bentes

Postado em: 08-12-2017 às 14h20
Por: Márcio Souza
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“O cenário para o comércio está bastante positivo para o curto prazo. O comércio interrompe dois anos de queda”, disse o economista-chefe da Divisão Econômica da CNC, Fábio Bentes

O comércio deve contratar 74,1
mil trabalhadores temporários neste final de ano, segundo projeção divulgada
hoje (8) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC). O Natal deverá movimentar R$ 34,9 bilhões, um aumento de 5,2% em relação
ao ano passado, a maior variação desde 2013.

A projeção anterior divulgada
pela CNC era de crescimento de 4,8%, mas foi revisada porque, segundo a
confederação, o cenário de inflação baixa, queda de juros e retomada do emprego
nos últimos meses deve melhorar os resultados do setor este ano. “O cenário
para o comércio está bastante positivo para o curto prazo. O comércio
interrompe dois anos de queda”, disse o economista-chefe da Divisão Econômica
da CNC, Fábio Bentes.

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Este ano, por causa da crise
econômica no país, os varejistas adiaram a temporada de oferta de vagas, que
geralmente ocorre entre setembro e novembro, para dezembro. As expectativas, no
entanto, são positivas, e a taxa de efetivação dos temporários deve crescer
para 30%. Em 2015 e 2016, apenas 15% dos trabalhadores temporários foram
efetivados após o Natal. Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro
deverão concentrar 47% das contratações.

O salário médio de admissão
deverá ter aumento real de 3,8% na comparação com o mesmo período do ano
passado, alcançando R$ 1.185. O maior pagamento deve ser oferecido no ramo de
artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.430), seguido pelas lojas
especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.392). No
entanto, estes segmentos devem responder por apenas 2% do total de vagas
oferecidas para a temporada.

Em relação às vendas, os
segmentos de hiper e supermercados (R$ 11,8 bilhões), lojas de vestuário (R$ 9
bilhões) e de artigos de uso pessoal e doméstico (R$ 5,1 bilhões) deverão
responder por 74% do faturamento das vendas natalinas deste ano. Em termos
relativos, o maior aumento nas vendas deverá ocorrer nas lojas de móveis e
eletrodomésticos, com crescimento de 17,8% na comparação com 2016. 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução

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