Inflação dos mais pobres ficou menor em novembro, segundo o Ipea

Nos últimos meses, foi constatada a desaceleração da inflação de modo significativo em todas as faixas de renda

Postado em: 12-12-2017 às 13h55
Por: Márcio Souza
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Nos últimos meses, foi constatada a desaceleração da inflação de modo significativo em todas as faixas de renda

O Indicador Ipea (Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada) de Inflação por Faixa de Renda indicou de 0,34%
para as famílias de faixa salarial superior (maior do que R$ 9 mil) e apenas
0,07% para as famílias de menor renda (menos de R$ 900). A diferença na alta
entre os dois grupos foi de 0,27 ponto percentual.

Os dados divulgados hoje (12)
pelo Ipea indicam, que no ano, a inflação dos mais pobres acumula uma alta de
1,8%, também inferior à registrada pela classe de renda mais alta, cuja
elevação foi de 3,2%.

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Para a técnica de planejamento e
pesquisa do Ipea, Maria Andréia Parente Lameiras, a menor alta para a população
situada na faixa de renda mais baixa decorre principalmente da desaceleração
dos preços dos alimentos em consequência da safra recorde registrada pelo país
ao longo do ano.

“De fato, a significativa
desaceleração no preço dos alimentos ao longo do ano se constitui no principal
foco de alívio inflacionário em 2017, especialmente para as classes de menor
poder aquisitivo”, afirmou Maria Andréia. “Os alimentos são o item com maior
peso nos gastos totais das famílias mais pobres e a deflação dos alimentos
contribuiu para diminuir em 0,16 ponto percentual a inflação dos mais pobres,
ao passo que, para a classe mais alta, a ajuda foi de 0,05 ponto
percentual”, completou.

Segundo o Ipea, também os
transportes também influenciaram a redução na inflação, embora “em menor
intensidade”, com a queda de 0,6% nas tarifas dos ônibus urbanos e de 1,6% na
dos interestaduais, “itens de grande peso na inflação dos mais pobres”. Em
contrapartida, nas classes mais ricas, para as quais o gasto com combustíveis é
bem maior, a alta de 2,9% no preço da gasolina fez com que a contribuição do
grupo transportes fosse positiva.

Já as tarifas de energia elétrica
e do gás de botijão tiveram alta de 4,2% e e de 1,6%  respectivamente, impactando as famílias de
menor poder aquisitivo. Os dois reajustes impactaram em aumento de 0,29 ponto
percentual na inflação dos mais pobres em novembro; mas de apenas 0,11 pontos
percentuais na dos mais ricos.

Nos últimos meses, foi constatada
a desaceleração da inflação de modo significativo em todas as faixas de renda.

O indicador apresenta dados
desagregados por grupos, para cada faixa de renda: alimentação, habitação,
artigos de residência, vestuário, transportes, saúde e cuidados pessoais,
despesas pessoais, educação e comunicação. Ele é calculado com base nas
variações de preços de bens e serviços pesquisados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução

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