Goiás se firma como atração para empresas

Misto de localização estratégica, boas estradas, mão-de-obra qualificada e incentivos fiscais fazem o Estado ser uma boa opção para quem precisa expandir e chegar a novos mercados

Postado em: 05-02-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Misto de localização estratégica, boas estradas, mão-de-obra qualificada e incentivos fiscais fazem o Estado ser uma boa opção para quem precisa expandir e chegar a novos mercados

Os grandes mercados brasileiros estão superados. A afirmação é do diretor-executivo da consultoria empresarial Fox Partners, Marcelo Camorim, com quase 30 anos de experiência profissional. Para ele, grandes centros urbanos como Rio de Janeiro e São Paulo já esgotaram as demandas por novos mercados, abrindo espaço para os estados mais centralizados e em franco desenvolvimento, como Goiás.

A localização geográfica de Goiás é um dos pontos positivos, mas o diferencial é o conjunto de fatores que incluem infraestrutura básica como boas e incentivos fiscais. Dentre outros fatores, Camorim destaca a forte presença do agronegócio na economia local e o aumento do número de faculdades, que contribuem para a qualificação da mão-de-obra e ajudam a compor o cenário.

O especialista pontua também que Goiás sempre foi muito inovador em relação às políticas de incentivos fiscais, o que atrai empresas e investimentos, gera empregos e renda. Ele destaca programas do governo estadual como Fomentar (1980) e Produzir (2000), além de diversos outros subprogramas focados em cadeias produtivas específicas, ou direcionados às pequenas empresas.

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Goiânia e sua região metropolitana ainda são os principais polos de atratividade para essas empresas. Mas um bom exemplo goiano citado por Camorim é Catalão que se firmou em 274º no ranking IDHM, graças às montadoras de veículos que se instalaram lá. Na mesma linha está Jataí, 420º lugar, e também tem uma grande empresa. “A grande dificuldade fora da grande Goiânia é conseguir mão-de-obra qualificada, enquanto para as cidades maiores, o desafio é crescer de maneira sustentável”.  Segundo ele, a contrapartida do crescimento vem em melhor arrecadação tributária para investimentos.


Investimentos privados 

Uma das empresas que perceberam esse potencial em Goiânia foi a Brasal Incorporações. Com 53 anos de história, atua com produção e distribuição de bebidas, incorporação e construção imobiliária, veículos e comercialização de combustíveis. Emprega em sua filial de Goiânia 115 pessoas, possui uma fábrica de água, a Crystal, em Luziânia com quase 30 funcionários, onde investiu R$ 47 milhões na instalação em 2016. A marca também está presente em Catalão, Simolândia e Formosa, com centros de distribuição de produtos Coca-Cola e Heineken. Todas juntas geram R$ 60 milhões em impostos para o Estado.

Em Goiânia, a marca apostou no segmento de incorporações no ano de 2011, em razão do desempenho acima da média nacional neste segmento. O primeiro empreendimento lançado e entregue foi Flam Park Residential Club. “Goiânia vem, ao longo da última década, se firmando em áreas importantes como a médica, prestação de serviços e de educação. A expansão econômica reflete diretamente no setor imobiliário, cujo desempenho vem sendo resiliente e com boas perspectivas”, diz o diretor, Dilton Junqueira.  

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