Produção industrial fecha 2017 com crescimento em 12 Estados pesquisados

Na variação de novembro para dezembro, oito apresentaram aumento, somando 2,8% na produção nacional no período. A maior queda no mês foi em Goiás, com -2,7%

Postado em: 08-02-2018 às 10h20
Por: Márcio Souza
Imagem Ilustrando a Notícia: Produção industrial fecha 2017 com crescimento em 12 Estados pesquisados
Na variação de novembro para dezembro, oito apresentaram aumento, somando 2,8% na produção nacional no período. A maior queda no mês foi em Goiás, com -2,7%

Dos 15 locais analisados pela
Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF), 12 tiveram expansão no
índice acumulado em 2017, que fechou o ano com crescimento de 2,5% na média
nacional. Os dados foram divulgados hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). O destaque de crescimento foi o Pará, com
10,1%.

Também apresentaram crescimento
acima da média nacional as localidades de Santa Catarina (4,5%), Paraná (4,4%),
Rio de Janeiro (4,2%), Mato Grosso (3,9%), Amazonas (3,7%), Goiás (3,7%) e São
Paulo (3,4%). Ceará (2,2%), Espírito Santo (1,7%), Minas Gerais (1,5%) e Rio
Grande do Sul (0,1%) também fecharam o ano com resultados positivos.

Continua após a publicidade

Segundo o IBGE, o dinamismo
registrado foi influenciado pela alta na fabricação de bens de capital,
principalmente os voltados para o setor de transportes, construção e agrícola;
de bens intermediários, como minérios de ferro, petróleo, celulose, siderurgia
e derivados da extração da soja; de bens de consumo duráveis, como automóveis e
eletrodomésticos da linha marrom, que engloba televisores, som e vídeo; e de
bens de consumo semi e não-duráveis, como calçados, produtos têxteis e
vestuário.

A Bahia teve a maior queda (
-1,7%) e, incluindo Pernambuco (-0,9%) e a região Nordeste (-0,5%), foram os
únicos decréscimos acumulados em 2017. O resultado da Bahia foi pressionado
pela diminuição na produção dos setores de coque, produtos derivados do
petróleo e biocombustíveis e de metalurgia, que são as barras, perfis e
vergalhões de cobre e de ligas de cobre.

No acumulado dos últimos 12
meses, o crescimento de 2,5% em dezembro foi o maior desde julho de 2011,
quando o índice ficou em 2,8%.

Variação mensal

Na variação de novembro para
dezembro, dos 14 locais analisados, já que não há dados de Mato Grosso para o
mês, oito apresentaram aumento, somando 2,8% na produção nacional no período.
Rio Grande do Sul, com 6,8%, e Amazonas, com 6,2%, apresentaram os maiores
crescimentos. Também tiveram taxas positivas o Ceará (4,9%), São Paulo (3,0%),
Santa Catarina (1,6%), Paraná (1,6%), Rio de Janeiro (1,0%) e Minas Gerais
(0,2%).

A maior queda no mês foi em
Goiás, com -2,7%, e também ficaram com taxas negativas o Pará (-1,8%),
Pernambuco (-1,8%), Espírito Santo (-1,7%), Bahia (-1,5%) e região Nordeste
(-0,2%).

Na comparação com dezembro de
2016, a indústria nacional cresceu 4,3% em dezembro do ano passado, com taxas
positivas em oito dos 15 locais pesquisados. As maiores altas nesse caso foram
de Amazonas (10,9%), impulsionado pelos setores de equipamentos de transporte,
equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos; e São Paulo (10,1%),
com destaque para a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias,
produtos alimentícios e metalurgia.

Também cresceram acima da média
nacional os estados do Rio de Janeiro (7,2%), Pará (6,1%) e Mato Grosso (5,8%).
Os outros locais com crescimento no mês foram Goiás (4,0%), Santa Catarina
(3,9%) e Rio Grande do Sul (0,3%).

A maior queda no mês de dezembro,
comparado com 2016, foi no Espírito Santo (-5,1%), pressionado pela indústria
extrativa, de celulose, papel e produtos de papel e de produtos de minerais
não-metálicos. Também tiveram queda Pernambuco (-2,5%), região Nordeste
(-2,3%), Bahia (-1,8%), Minas Gerais (-1,5%), Paraná (-0,5%) e Ceará (-0,1%).

Na análise trimestral, o
crescimento médio da indústria brasileira no quarto trimestre de 2017 foi de
4,9%, a taxa mais alta desde o segundo trimestre de 2013, quando o índice ficou
em 5,1%. A análise mostra também que a taxa manteve a tendência positiva dos
três primeiros trimestres de 2017, na comparação com igual período do ano anterior:
janeiro-março (1,3%), abril-junho (0,4%) e julho-setembro (3,2%). 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução 

Veja Também