Mercado financeiro reduz projeção de inflação para 3,67%, este ano

A projeção está mais distante do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%. Para 2019, a estimativa para a inflação caiu, pela segunda semana consecutiva

Postado em: 12-03-2018 às 09h10
Por: Márcio Souza
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A projeção está mais distante do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%. Para 2019, a estimativa para a inflação caiu, pela segunda semana consecutiva

O mercado financeiro reduziu pela
sexta semana seguida a estimativa para a inflação este ano. A expectativa do
mercado para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desta vez,
passou de 3,70% para 3,67%, de acordo com o Boletim Focus, publicação divulgada
todas as semanas pelo Banco Central (BC), elaborada com base em pesquisa sobre
os principais indicadores econômicos.

A projeção está mais distante do
centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%. Para 2019, a
estimativa para a inflação caiu, pela segunda semana consecutiva, ao passar de
4,24% para 4,20%, abaixo do centro da meta de 4,25%.

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Na última sexta-feira (9), o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação
oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA),
ficou em 0,32% em fevereiro, o menor índice para o mês desde o ano 2000
(0,13%).

Nesse cenário de inflação baixa e
economia se recuperando, o mercado financeiro espera que a taxa básica de
juros, a Selic, seja reduzida em 0,25 ponto percentual, de 6,75% para 6,50% ao
ano, neste mês. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para
alcançar a meta de inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é
conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros
mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom diminui
os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo
à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.

De acordo com a previsão das
instituições financeiras, a Selic encerrará 2018 em 6,50% ao ano e subirá ao
longo de 2019, terminando o período em 8% ao ano.

A estimativa para o crescimento
do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos
no país, deste ano, caiu de 2,90% para 2,87%. Para 2019, a projeção é mantida
em 3% há seis semanas consecutivas.

 Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução 

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