Varejo criará 10,6 mil empregos temporários na época da Páscoa

Maiores demandantes de trabalho temporário deverão ser os hiper, super e minimercados, respondendo por aproximadamente 62% do total de postos oferecidos. Salário deve ser de aproximadamente R$ 1.220

Postado em: 20-03-2018 às 14h10
Por: Victor Pimenta
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Maiores demandantes de trabalho temporário deverão ser os hiper, super e minimercados, respondendo por aproximadamente 62% do total de postos oferecidos. Salário deve ser de aproximadamente R$ 1.220

O varejo terá a melhor Páscoa dos últimos cinco anos, com uma
movimentação de R$ 2,2 bilhões e a geração de 10,6 mil empregos temporárias. A
expectativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC), que divulgou hoje (20) as estimativas em relação à Semana Santa deste
ano, comparativamente à do ano passado, já descontada a inflação do período.

Confirmada a projeção, esse seria o melhor desempenho das
vendas reais do varejo nesta data comemorativa desde os 4,8% de crescimento
verificado em 2013. Na mesma data no ano passado, o varejo registrou o primeiro
aumento no volume de vendas, ao crescer 1,1% em relação a 2016, após acumular
perda de 5,2% em 2015 e também em 2016.

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Segundo os dados divulgados pela CNC, a melhor Páscoa para o
setor ocorreu em 2010, quando as vendas cresceram 9,5% em relação a 2009, ano
em que a economia cresceu 7,5% e o volume total de vendas do varejo avançou
10,9%.

Emprego

Em relação ao emprego, em particular, o chefe da Divisão
Econômica da CNC, Fabio Bentes, ressalta o fato de que, tão importante quanto o
número maior de contratações, será a taxa de efetivação em 2018.

“Do total de vagas temporárias oferecidas pelas atividades
envolvidas com a Páscoa, 7,7% deverão se tornar postos de trabalho efetivo”,
disse Fabio Bentes, acrescentando que é o maior percentual em três anos. “Além
de impactos positivos decorrentes da reforma trabalhista, contribui
decisivamente para uma maior absorção de trabalhadores temporários o momento
mais favorável do varejo brasileiro de alimentos, que vive seu melhor momento
em mais de três anos”.

Os 10 mil postos de trabalho temporários gerados pelo aumento
das vendas é ligeiramente superior às 10,5 mil postos gerados na Páscoa
passada. Os maiores demandantes de trabalho temporário deverão ser os hiper,
super e minimercados, respondendo por aproximadamente 62% do total de postos
oferecidos.

O salário médio de admissão no varejo deverá ser de
aproximadamente R$ 1.220, o que representará um avanço de 4,5% em relação
àquele percebido na Páscoa de 2017. “Os estabelecimentos do varejo alimentício,
tais como hiper, super e minimercados, além das lojas especializadas em
produtos associados à Páscoa, deverão faturar cerca de R$ 2,2 bilhões com as
vendas voltadas para a Semana Santa deste ano”, estima a entidade.

A avaliação da CNC é de que “a queda de 8% nos preços dos
chocolates, de 3,8% no do azeite de oliva, apesar do crescimento de 0,2% no
preço dos pescados (conforme dados do IPCA-15 [Índice Nacional de Preços ao
Consumidor 15, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)]
“deverá estimular o crescimento das vendas”.

Em contrapartida, a CNC avalia que os aumentos de 7,7% dos
preços dos combustíveis e de 6,7% no das passagens rodoviárias intermunicipais
deverão atingir aqueles que pretendem se deslocar durante a Semana Santa.

A Confederação ressalta o fato de que as projeções da
entidade “se baseiam nos aspectos sazonais das vendas, levando-se ainda em
consideração as tendências de evolução dos níveis de ocupação e renda e,
principalmente, as variações dos preços de produtos relacionados com essa
data”.

 Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Internet)

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