Sobe percentual de homens que fazem tarefas domésticas

Informações indicam, porém, a existência de uma grande diferença nas taxas de afazeres domésticos entre homens e mulheres. Dados tem base na Pnad Contínua

Postado em: 18-04-2018 às 14h40
Por: Victor Pimenta
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Informações indicam, porém, a existência de uma grande diferença nas taxas de afazeres domésticos entre homens e mulheres. Dados tem base na Pnad Contínua

Em 2017, 84,4% da população de 14 anos de idade ou mais
tinham afazeres domésticos em casa ou em endereços de parentes, o que
correspondia a 142,4 milhões de pessoas. Os dados integram o estudo Outras
Formas de Trabalho 2017, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) divulgou hoje (18), no Rio de Janeiro, com base na Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad Contínua).

As informações indicam, porém, a existência de uma grande
diferença nas taxas de afazeres domésticos entre homens e mulheres. Enquanto
91,7% das mulheres faziam essas atividades, a proporção era de 76,4% entre os
homens no mesmo período – uma diferença de 15,3 pontos percentuais. O
percentual caiu em relação a 2016 quando houve aumento da taxa de afazeres
domésticos, mas com maior intensidade entre os homens, cujo crescimento foi de
4,5 pontos percentuais.O percentual caiu em relação a 2016 quando houve aumento
da taxa de afazeres domésticos, mas com maior intensidade entre os homens, cujo
crescimento foi de 4,5 pontos percentuais.

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A maior taxa de afazeres domésticos no domicílio ou em
domicílio de parente, por idade, ocorreu entre o grupo de 25 a 49 anos, onde o
percentual atingiu 88,4%, seguido pelo grupo de 50 anos ou mais de idade, com
85,6%.

Sexo, raça e instrução

Verificou-se o mesmo comportamento quando os dados foram
analisados por sexo. Em 2017, a taxa de tarefas domésticas entre as mulheres de
25 a 49 anos era de 95,4%, já entre as de 50 anos ou mais, 90,8%, e, entre as
jovens de 14 a 24 anos de idade, 85,2%.

Para os homens, a taxa era 80,9% no grupo de 25 a 49 anos, de
79,3% para os de 50 anos ou mais, e 63,5% para quem tinha de 14 a 24 anos de
idade.

Por região do país, a pesquisa mostra que no Sul foi
registrado o maior percentual de pessoas com afazeres domésticos no domicílio
ou em domicílio de parente, na população em idade de trabalhar: 88,2% do total.
O  Nordeste anotou o menor percentual:
79,7%.

A pesquisa do IBGE observou que, entre 2016 e 2017, houve
aumento da taxa de afazeres domésticos em todos os grupos de idade, mas a alta
foi mais intensa entre os jovens do sexo masculino de 14 a 24 anos, com
crescimento de 6,7%, e de 25 a 49 anos (6,6%).

Quando a análise da pesquisa se dá por cor ou raça percebe-se
que as taxas de tarefas domésticas eram menores entre as mulheres brancas,
segmento onde 90,9% executavam esses afazeres. Já entre as mulheres pretas o
percentual era de 93,5% e de 92,3% entre as pardas.

Ainda analisando por cor e sexo, a pesquisa mostrou que os
homens pardos apresentaram as menores taxas de tarefas domésticas: em 2017,
77,8% dos homens brancos, 77,7% dos pretos e 74,7% dos pardos. No entanto, os
homens pardos exibiram a maior elevação desta taxa: 7% entre 2016 e 2017.

Quando a pesquisa abrange o segundo nível de instrução,
constata-se que a taxa de afazeres cresce conforme aumenta o nível de
instrução. O estudo apurou que, em 2017, 81,6% daqueles que não tinham
instrução ou tinham o ensino fundamental incompleto faziam afazeres domésticos,
enquanto 89,1% daqueles com ensino superior completo executavam as tarefas. No
período, o maior aumento de taxa de realização ocorreu entre as pessoas com
superior completo (5,1%) e o menor, entre os sem instrução ou com fundamental
incompleto (3,3%).

O IBGE informou que a taxa de realização mensura apenas se a
pessoa realizou ou não algum tarefa doméstica. “A intensidade em número de
horas semanais dedicadas a tais tarefas deve ajudar a diferenciar ainda mais
sua realização por homens e mulheres. Contudo, essas informações são
investigadas em conjunto com os cuidados de pessoas, uma vez que tais
atividades, em geral, são realizadas concomitantemente”, esclareceu o
instituto.

Se consideradas as pessoas em idade produtiva que cuidaram de
pessoas, o percentual sobe para 86% em 2017, um crescimento de 4% em relação ao
ano anterior. O maior percentual regional foi no Sul do país (89,3%) e o menor,
no Nordeste (81,8%). O percentual também é maior entre as mulheres (92,6%) do
que entre os homens (78,7%). A maior discrepância entre os sexos acontece no
Nordeste (27,1%) e a menor, no Sul (11,8%).

 Fonte: Agência Brasil.

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