Terça-feira, 19 de março de 2024

Demanda por bens industriais avançou de 0,3% em outubro de 2018

O resultado foi puxado pelo crescimento de 0,8% na produção interna de bens industriais líquida de exportações

Postado em: 11-12-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O resultado foi puxado pelo crescimento de 0,8% na produção interna de bens industriais líquida de exportações

Na comparação com o mesmo mês no ano passado, a demanda interna por bens industriais subiu 2,1%

A demanda por bens industriais avançou de 0,3% em outubro, na comparação com o mês anterior. É o que mostra o Indicador Ipea Mensal de Consumo Aparente de Bens Industriais. O resultado, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), foi puxado pelo crescimento de 0,8% na produção interna de bens industriais líquida de exportações, acompanhado de um recuo de 1% nas importações desses bens.

Com esse resultado, a demanda de outubro, que sucedeu queda de 2,4% em setembro, encerra o trimestre com alta de 0,9%, diz o Ipea.

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Na comparação com o mesmo mês no ano passado, diz o Ipea, a demanda interna por bens industriais subiu 2,1% em outubro. O resultado superou o desempenho apresentado pela produção industrial, que registrou alta de 1,1%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de 12 meses, a demanda por bens industriais seguiu ritmo de crescimento mais intenso (4,3%) que o apresentado pela produção industrial (2,3%).

Investimentos

O Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), cresceu 4,4 pontos no quarto trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior. Com a alta,ele chegou a 117,4 pontos, o maior nível desde o primeiro trimestre deste ano (123,7).

Segundo a FGV, o indicador mede a disseminação do ímpeto de investimento entre as empresas industriais, colaborando para antecipar tendências econômicas.

Esse trimestre também registrou o sétimo resultado consecutivo acima dos 100 pontos, nível em que a proporção de empresas prevendo aumentar o volume de investimentos produtivos nos 12 meses seguintes supera o das que projetam reduzir os investimentos.

A proporção de empresas que planejam investir mais cresceu de 28,3% no terceiro trimestre para 30,7% no quatro trimestre. Aquelas que preveem investir menos caíram de 15,3% para 13,3% no período.

A proporção de empresas que estão certas de que executarão seu plano de investimentos foi de 31%, ficando acima da parcela de 25,9% de empresas incertas.

Segundo o pesquisador da FGV Aloisio Campelo Jr., apesar da melhora, o indicador ainda está distante do nível médio registrado nos dois anos anteriores à recessão de 2014-2016.

Para ele, o resultado mostra que a recuperação dos investimentos deve seguir em rota moderada nos próximos meses.

“Entre os fatores que impedem uma alta mais consistente do indicador estão a persistente incerteza econômica e as dúvidas quanto ao ritmo da economia no primeiro ano do novo governo”, finalizou. (Agência Brasil) 

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