Quinta-feira, 28 de março de 2024

Guedes defende nova CPMF com outro nome

Paulo Guedes agora defende que apenas a criação de uma nova CPMF vai reativar o mercado de trabalho. Foto: Agência Brasil

Postado em: 22-08-2019 às 09h00
Por: Aline Carleto
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Paulo Guedes agora defende que apenas a criação de uma nova CPMF vai reativar o mercado de trabalho. Foto: Agência Brasil

Aline Bouhid

Após intenso toma lá, dá cá no Congresso para aprovação da proposta de reforma da Previdência, com a promessa de que só assim haveria geração de empregos no País, o ministro da Economia de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, agora defende que apenas a criação de uma nova CPMF vai reativar o mercado de trabalho. “Se for baixinho, não distorce tanto (a economia), mas essa vai ser uma opção também da classe política”, disse o ministro ontem (21) depois de reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). 

Com o nome de Contribuição Social sobre Transações e Pagamentos (CSTP), o novo imposto deve ter uma alíquota de 0,22%. Os bancos seriam os principais favoritos, pois o objetivo do governo é, com isso, isentar a cobrança da nova contribuição de aplicações na Bolsa, renda fixa e poupança, que não geram emprego e apenas movimentam o sistema financeiro.

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“Podemos propor uma desoneração forte da folha de pagamentos a troco da entrada desse imposto. Se a classe política achar que as distorções causadas pelo imposto são piores que os 30 milhões de desempregados sem carteira que tem aí, eles decidem”, completou. O ministro deu a entrevista após se reunir com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Banco Central, Roberto Campos Neto, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e líderes partidários, no Ministério da Economia, em Brasília.

Maia disse que, quando o governo encaminhar a proposta de reforma tributária, dará celeridade na tramitação na Comissão de Constituição e Justiça e reabrirá o prazo de discussão e emendas. Segundo Maia, o texto do governo federal poderá ser incluído na proposta de reforma tributária que está em análise em comissão especial da Câmara dos Deputados. “Estamos fazendo uma proposta tributária bastante conciliatória. Achamos que o governo federal tem que mandar a mandar a parte dele. E naturalmente o Congresso vai encaixar o resto”, acrescentou Guedes. 

* Com informações da Agência Brasil

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