Influenciadores digitais ganham espaço no mercado goiano

Profissionais fazem bons negócios com engajamento de milhares de seguidores nas redes sociais

Postado em: 08-10-2019 às 09h40
Por: Redação
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Profissionais fazem bons negócios com engajamento de milhares de seguidores nas redes sociais

Nielton Soares

As pessoas passam muito tempo usando os meios eletrônicos. Neles, o acesso às redes sociais demanda a maior quantidade de horas, isso é comprovado por diversas pesquisas já realizadas. Nesse universo, muitos internautas seguem perfis dos quais têm alguma afinidade e contribuem para transformar algo que, em muitos casos, iniciaram-se como hobby, em profissão, os chamados influenciadores digitais, ou em inglês, Digital Influencer. O segmento tem tomado espaço em um cenário que era exclusivo daqueles com presença na televisão.

Segundo um estudo da Sprout Social, 74% dos consumidores costumam se orientar por meio de indicações nas redes sociais para comprar e 84% deles tomam decisão de adquirir algo se baseando nas opiniões de fontes confiáveis, como é o caso dos influenciadores digitais. A pesquisa aponta ainda que o tempo gastos pelos brasileiros na internet diariamente chega a média de 9h, colocando o Brasil na terceira posição no ranking mundial. O país possui 66% da população com acesso à internet.

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O relatório Digital in 2018: The Americas, elaborado pelas empresas We are Social e Hootsuite, mostra que 62% da população brasileira é ativa nas redes sociais e que 58% pesquisa por serviços ou produtos para adquirir pela internet. Isto é, as mídias digitais se tornaram uma ferramenta de estratégias de marketing. Para efeito de comparação, 37% das pessoas entrevistas no Brasil afirmaram comprar um produto após ver na televisão e 29% por ter visto primeiro na internet.

Para se ter ideia da influência dos perfis na internet, uma pesquisa realizada em 2018 pelo Instituto QualiBest, a qual entrevistou 4 mil internautas brasileiros, apontou que 81% dos jovens, até 19 anos, seguem algum perfil de influenciador digital, sendo que desses, 49% afirmaram ouvir as dicas de influenciadores do que as de amigos e parentes. E para 86%, passam a conhecer um produtor por meio de criadores de conteúdo nas mídias sociais. 

Percebe-se que a influência desse meio tecnológico vem mudando a relação de consumo e, nesse contexto, surgem os novos personagens, que não ficaram famosos por 15 minutos de fama na tevê, mas nas próprias mídias sociais. Outra pesquisa, “Raio-X dos influenciadores digitais do Brasil”, catalogou cerca de 7.500 influenciadores digitais em todo o Brasil, chegando a ser maior quando envolve os chamados microinfluenciadores (perfis com 5 a 100 mil seguidores).

A goiana Karen Vanessa seguiu essa tendência das mídias sociais e com experiência em marketing digital há nove anos, decidiu criar a agência Youka, em 2017. A empresa trabalha com catálogo de influenciadores e na assessoria de potenciais profissionais da área para atuarem no mercado publicitário. “A busca por influenciadores pelas marcas tem crescido muito nas empresas do eixo São Paulo-Rio. Nas empresas nacionais a procura é muito maior”, comenta a influenciadora sobre o ramo de negócio, destacando ainda que “as empresas regionais, as empresas daqui está em crescimento” em relação à contração desse profissional. 

Karen acredita também que a tendência desse mercado é se desenvolver nos próximos anos em Goiânia, uma vez que as empresas cada vez mais têm investido em publicidade, e a internet se tornou uma ferramenta importante para divulgação e consolidação das marcas, sendo o papel do influenciado positivo para esse fortalecimento.  “Assim como um anúncio no rádio, na TV, na revista, trabalhar como influenciar vai aumentar o alcance que a marca tem de comunicar com seu público alvo”, explica a profissional. 

Influenciadores renomados 

Whinderson Nunes e Felipe Neto ocupam, respectivamente, o segundo e terceiro lugar mundial na lista das 100 pessoas mais importantes e influentes na plataforma de vídeos do YouTube, nessa estatística do Google, administrador da mídia social, a soma total de brasileiros chega a 24. A empresa destaca ainda que o Brasil é o segundo no ranking mundial em tempo de visualizações de vídeos on-line.

 

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