Estimativa do mercado financeiro para a inflação sobe para 3,54%

Previsão do IPCA passou de 3,45% para 3,54% - Foto: Reprodução/ Agência Brasil

Postado em: 30-11-2020 às 11h05
Por: Raphael Bezerra
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Previsão do IPCA passou de 3,45% para 3,54% - Foto: Reprodução/ Agência Brasil

A previsão
do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA) subiu de 3,45% para 3,54%, segundo o boletim Focus publicado
hoje (30) pelo Banco Central, documento que aponta semanalmente as projeções
para os principais indicadores econômicos.

É a 16ª
elevação seguida na estimativa. Esse percentual está abaixo do centro da meta
de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional, de 4% em 2020, com
intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o que
resulta em limites inferior em 2,5%, e superior em 5,5%.

Para 2021, a
projeção de inflação passou de 3,40% para 3,47% (sexta elevação seguida). As
previsões para 2022 e 2023 mantiveram-se estáveis em 3,50% e 3,25%,
respectivamente.

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Segundo BC,
para 2021, a meta é 3,75%; para 2022, 3,50%; e para 2023, 3,25%, com intervalo
de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano.

Selic

O principal
instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação é a taxa básica de
juros – a Selic, que está atualmente em 2% ao ano. O percentual é o mesmo
projetado pelas instituições financeiras nas últimas semanas. Já para o fim de
2021, a expectativa é de que a Selic esteja em 3% ao ano – o mesmo percentual
projetado na semana anterior. Também apresenta estabilidade o percentual
previsto para o fim de 2022 (4,5% ao ano) e para o fim de 2023 (6% ao ano).

Quando o
Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com
incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e
estimulando a atividade econômica. Entretanto, os bancos consideram outros
fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de
inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o
Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e
isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e
estimulam a poupança.

Quando a Selic
é mantida, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para
manter a inflação sob controle.

Atividade econômica

O mercado
financeiro ajustou de 4,55% para 4,50% a previsão que tem de queda da economia
brasileira. Para o próximo ano, a expectativa de crescimento passou de 3,40%
para 3,45%. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro projeta expansão de 2,50% do
PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas do país).

Dólar

Ainda
segundo o Boletim Focus, a cotação do dólar para o final deste ano está em
R$5,36 – valor ligeiramente inferior ao projetado no último levantamento, feito
há uma semana, quando estava em R$ 5,38. Para 2021 se manteve em R$5,20; e em
R% 5 em 2022. (Agência Brasil)

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