Veja o que é possível fazer para preservar os negócios nesta crise

O economista Danilo Orsida cita a teoria da imprevisão, no conceito jurídico, como saída para renegociação de dívidas | Foto: reprodução

Postado em: 07-04-2021 às 09h00
Por: Nielton Soares
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O economista Danilo Orsida cita a teoria da imprevisão, no conceito jurídico, como saída para renegociação de dívidas | Foto: reprodução

Nielton Soares

A situação de crise econômica, provocada pela pandemia do novo Coronavírus, não tem sido fácil para ninguém. Nesse contexto, estão os comerciantes e as dificuldades em honrar compromissos, diante dos inúmeros fechamentos do comércio, para se evitar a propagação da Covid-19. Diante disso, o economista Danilo Orsida lembra que há no mundo jurídico, a teoria da imprevisão.

“Temos uma teoria jurídica, chamada teoria da imprevisão, considerando todo esse cenário de imprevisão, todo cenário até então, que não era uma realidade no momento em que os contratos foram firmados, acredito que fundamentado nessa ideia, é possível junto ao locador, junto a fornecedores, uma renegociação dos contratos vigentes”, esclarece Orsida.

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O economista acredita que com isso é possível se buscar melhores condições de renegociações, como rever cláusulas contratuais, para se evitar penalidades decorrentes de atraso e penalidades moratórias, por exemplo.

Assim, Danilo vê como possível se preservar o caixa da empresa. “Pensando pela lógica do empresário, comerciante, acredito que a grande preocupação é a preservação do fluxo do seu caixa”, salienta.

Para tanto, outras renegociações como dívidas também é um caminho a ser buscado, junto aos bancos e com incentivo do Estado. “Digamos que a possibilidade de acesso a uma linha de crédito subsidiada, a possibilidade de renegociações de dívidas, a possibilidade de acesso a crédito, possibilitando transferir dívida de curto prazo para uma condição de dívidas a longo prazo. Isto é, alongando esses compromissos é uma oportunidade, uma estratégia que pode representar equilíbrio na conta das empresas, evitando inadimplência, evitando riscos, amenizando um pouco os riscos do impacto do fechamento”, pontuou o economista.

Seis passos para manter a empresa

1 – Elaborar análise do cenário

Um dos primeiros passos será avaliar a situação da empresa e do mercado neste momento. Para isso, se informar sobre as questões econômicas do país e do mundo são essenciais. Nesse sentido, fazer um diagnóstico do que precisa ser feito, a fim de evitar possíveis problemas, multas e, consequentemente, prejuízos financeiros.

2 – Pesquisa da concorrência

Conhecendo o nicho de mercado da sua empresa, é importante analisar também os concorrentes, realizando ações on-line e offiline, mas em período de crise econômica. Assim, descobrindo novas tendências e perspectivas de retomada do negócio.

3 – Faça um planejamento estratégico

Após a organização das informações, é importante planejar as ações a serem realizadas para definir os próximos passos, buscando mais assertividade. Para isso, pesquisas são fundamentais, pois isso irá definir objetivos assertivos e encaminhar ações, com monitoramento para identificar o que precisa ser modificado.

4 – Definir metas específicas e palpáveis

Nesse caso, é importante coletar a maior quantidade de dados possíveis, reunir aprendizados e pensar na retomada como um momento de adaptar as estratégias da melhor forma para alcançar as metas definidas. Vale lembrar, que precisa ver a questão da adaptação, uma vez que o cenário mudou completamente no país e no mundo

5 – Monitore os resultados dos processos

O acompanhamento de perto de cada processo alcançado ajudará a entender melhor os processos dos quais passa a empresa, e quais estratégias geram retornos positivos e quais devem ser alteradas.

6 – Comunicação transparente

 Outra maneira de se preparar para uma retomada mais assertiva está na comunicação mais clara e transparente, tanto com os funcionários quanto com os clientes, oferecendo, quando possível, ferramentas tecnológicas, que facilitem o contato e feedbacks.

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