CelgPAR apresenta Celg GT a investidores em roadshow na B3

O evento foi transmitido em caráter aberto e também serviu para que os investidores pudessem conhecer de forma mais detalhada o calendário do processo de desestatização e os preceitos legais de cada etapa | Foto: divulgação

Postado em: 16-04-2021 às 16h30
Por: Carlos Nathan Sampaio
Imagem Ilustrando a Notícia: CelgPAR apresenta Celg GT a investidores em roadshow na B3
O evento foi transmitido em caráter aberto e também serviu para que os investidores pudessem conhecer de forma mais detalhada o calendário do processo de desestatização e os preceitos legais de cada etapa | Foto: divulgação

Da redação

A Companhia Celg de Participações (CelgPAR) realizou nesta quinta-feira (15) um roadshow para apresentar a investidores do mercado de energia elétrica as potencialidades de negócio, a estrutura física e a realidade contábil-financeira da Celg Geração e Transmissão (Celg GT), que no próximo dia 13 de maio tem leilão marcado em sessão na sede da bolsa paulista B3, às 14h. O roadshow foi transmitido em caráter aberto via o link www.tvb3.com.br, e serviu, igualmente, para que os investidores pudessem conhecer de forma mais detalhada o calendário do processo de desestatização e os preceitos legais de cada etapa.  

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Empresa enxuta e lucrativa 

Para melhor situar os interessados no processo de desestatização Lener Jayme iniciou a sua apresentação com um relato histórico de como foi criada a Celg GT, ao mesmo tempo que demonstrou a participação majoritária do Governo do Estado de Goiás no controle acionário da empresa. Na sequência detalhou as participações da empresa em suas atividades finalísticas, principalmente no segmento de transmissão de energia, ressaltando que nos últimos dois anos houve um esforço do acionista majoritário em dotar a empresa de uma gestão puramente técnica e voltada ao mercado, gerando rentabilidade e solidez nos negócios em que atua com 100% de participação, bem como naqueles em que mantém sociedade.  

O trabalho de consultoria 

Na sequência fez uso da palavra Alexandre Moreira Galvão, um dos sócios da Ceres Inteligência, empresa de consultoria contratada, após processo licitatório, para realizar o levantamento contábil-patrimonial, analisar a gestão de recursos humanos, os aspectos jurídicos, financeiros e econômicos da companhia e, por fim, apresentar uma proposta de valor mínimo para o leilão a ser realizado em maio.  

Foi a partir deste trabalho que, depois de aprovado pelo Conselho de Administração da CelgPAR, e da realização de uma audiência pública, se chegou a formalização do edital de desestatização da empresa, publicado no site da CelgPAR na segunda-feira (12) – http://celgpar.celggt.com/Infraestrutura.aspx?10, e que traz como critério de definição do vencedor aquele que apresentar a maior oferta pela companhia, avaliada pelo preço mínimo de venda de 1,53 bilhão de reais.  

Galvão, destacou em sua apresentação que “pelas diligências realizadas pela consultoria a Celg GT possui ativos próprios ou de participação acionária com grande facilidade operacional, em função das linhas de transmissão e subestações estarem concentradas no Estado de Goiás, com grande proximidade geográfica, o que otimiza custos e dá mais eficiência na gestão e manutenção dos negócios”. 

Garantias jurídicas 

Segundo os princípios mais elementares de transparência pública, controle social e garantias efetivas para os acionistas, na sequência da apresentação fez uso da palavra Fábio Appendino, sócio do escritório Rolim, Viotti, Goulart, Cardoso Advogados, que também integra a equipe de consultoria contratada para o processo de desestatização.  

Após apontar aos investidores que o objeto do processo de desestatização era se desfazer de 100% de todas as ações da companhia em lote único, o advogado explicou que se as diferenças nas propostas que serão previamente apresentadas forem inferiores a 15% entre elas, haverá no leilão do dia 13 de maio a abertura de lances de viva voz. 

Na sequência, apresentou uma série de garantias que estão elencadas no edital disponível no site da empresa, e que visam preservar os interesses dos atuais acionistas, a segurança dos atuais colaboradores por um período adequado e, ao mesmo tempo, dar sustentabilidade e transparência para aquele que vier a adquirir as ações.  

Fábio Appendino, fez questão de chamar a atenção para o fato de que “alguns ativos, como imóveis não operacionais ou não vinculados à concessão na forma prevista pela própria ANEEL, não integram a operação do leilão e serão transferidos à CelgPAR”. 

O advogado lembrou que o cronograma previsto para o processo aponta que interessados na aquisição da Celg GT devem entregar em 11 de maio documentos exigidos para a concorrência, incluindo suas propostas econômicas pela companhia, e apresentou todo o calendário do pós-leilão, até a assinatura do contrato e o efetivo repasse da empresa para o comprador. Appendino destacou que todo este processo está explicitado no edital e delineado de forma didática e muito bem ilustrada nos diversos documentos disponibilizados no site da empresa. 

Ao finalizar o evento, o presidente Lener Jayme fez questão de jogar luz sobre as transformações vividas pela Celg GT nos últimos dois anos, observando que “a condução executiva da atual gestão tornou a companhia sólida e lucrativa, comandada com olhar eminentemente técnico, possibilitando rentabilizar os acionistas como nunca havia ocorrido na história da empresa”. Por fim, mandou um recado contundente ao mercado: “qualquer investidor que tenha interesse na companhia, tem no leilão do próximo dia 13 de maio a oportunidade de fazer um bom negócio”.  

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