Donos de bares acusam prefeito de Goiânia de parcialidade em decretos

Segundo empresários, administração municipal dá prioridade a igrejas e persegue setor da noite | Foto: Reprodução

Postado em: 18-04-2021 às 09h30
Por: Carlos Nathan Sampaio
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Segundo empresários, administração municipal dá prioridade a igrejas e persegue setor da noite | Foto: Reprodução

Pedro Jordan

Após a publicação do novo decreto que estabelece as normas de funcionamento dos diversos setores na capital nesta semana, os donos de bares se sentiram prejudicados com um tópico, pois nesse documento é apontado que não pode ser realizada a apresentação musical e nem mesmo o som ambiente pode ser utilizado, além do fechamento deste tipo de estabelecimento nos fins de semana.

De acordo com o Thiago Simmonds, proprietário de um bar na T-63, ele se sente totalmente prejudicado, pois o final de semana é o momento que as pessoas vão lá e consomem,  geram renda e consequentemente ajudam a manter empregos de funcionários. “E ao meu ver viramos o maior alvo dos decretos de Goiânia e com isso quem está conseguindo superar todo esse prejuízo é um verdadeiro vencedor.” Salienta.

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Thiago questiona que quem gosta de beber ou ouvir uma música no final de semana não irá deixar de fazer, e ele reforça que esse tipo de atitude acaba por incentivar que as festas clandestinas sejam realizadas, e que o governo perca o controle da fiscalização. “Aí entra outro problema o efetivo pequeno de agentes de fiscalização, ou seja, pra mim esse decreto não ajuda em nada a contém a propagação do vírus, só enforca mais ainda o setor dos bares e os Músicos que vive de música para ter seu sustento.” Desabafa.

Ele comenta que nem está abrindo o próprio estabelecimento durante o vigor deste projeto, pois segundo ele, o movimento já está prejudicado naturalmente, e com essas regras sem sentido o bar dele perde a essência. 

“Proibir aglomeração deveria ser pra todas as esferas da sociedade sem exceção, e o mais grave pra mim são pessoas que a meu ver era pra ser exemplo de Amor, cuidado e respeito ao próximo e estão por aí praticando o mal em nome de Deus.” Questiona.

Quando perguntado sobre o que acha de as igrejas poderem continuar promovendo atividades com música ambiente e shows ao vivo, ele cita que é temente a Deus, mas que não concorda com essa parcialidade do governo. “ Eu Jamais irei colocar vidas em risco como estão fazendo esses templos religiosos lotando lugares fechados.” Cita.

Para o proprietário de outro estabelecimento, localizado no setor universitário, Marlos Hiroshi, é totalmente desestimulante essa situação, ele reforça que já está cansado dessa situação. “É muito claro a falta de respeito e preparo nessa situação, tento fazer iniciativas para ter mais alegria e cultura para a cidade e as coisas chegaram no ponto muito ruim. Há um despreparo das autoridades, não há seriedade delas “ desabafa. 

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