Gaúcho Geraldo Rosenthal é ouro em Brasileiro de tiro paralímpico

Atleta de Campo Bom-RS vem de três pódios em etapas de Copa do Mundo, e garantiu ouro e prata na estreia do Campeonato Brasileiro de tiro esportivo paralímpico, no Rio

Postado em: 11-11-2017 às 13h00
Por: Aline Carleto
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Atleta de Campo Bom-RS vem de três pódios em etapas de Copa do Mundo, e garantiu ouro e prata na estreia do Campeonato Brasileiro de tiro esportivo paralímpico, no Rio

Geraldo Rosenthal ficou com a medalha de ouro na prova P5 pistola de ar mista 10m em pé (classe SH1) com 345-3x pontos no primeiro dia de competições do Campeonato Brasileiro de Tiro Esportivo, no Centro Militar de Tiro Esportivo (CMTE), no Rio de Janeiro. O carioca Ricardo Costa fez 337-1x pontos, ficou com o segundo lugar. A capixaba Eloísa Fernandes ficou com o bronze e 304-3x pontos. Rosenthal, ainda, ficou com a prata ao anotar 224.4 pontos na prova P1 pistola de ar (classe SH1), sendo superado nos últimos 4 tiros por Ricardo Costa (227 pontos). Joaquim Santos ficou com o bronze e 200.3 pontos.

“Foi um bom dia, mas poderia ter sido melhor. Sei que fiquei bem abaixo do que posso fazer na prova que me deu o ouro”, avaliou Geraldo. Embora o resultado não tenha sido perfeito, é um exemplo da boa fase do atirador de 42 anos, nascido em Campo Bom-RS. Ele tem sido presença frequente em pódios.

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Em fevereiro deste ano, ele garantiu dois bronzes na etapa de Al Ain, nos Emirados Árabes, da Copa do Mundo de Tiro Esportivo, na prova P4 pistola 50m misto (SH1) e P5 pistola de ar 10m em pé, classe mista (SH1). Em setembro, ficou com o ouro na etapa de Ojisek, na Croácia, quebrando também o recorde das Américas na mesma prova. Ele também foi ao pódio três vezes na II Copa Sul-Americana de Tiro Esportivo, em setembro, no Rio de Janeiro.

“Essa preparação foi toda focada no Mundial do ano que vem, quero uma vaga lá. Então eu vou a todas as provas que puder, a experiência ajuda. Atiro também pra aprender a controlar a ansiedade. O tiro esportivo é diferente de outras modalidades porque é muita precisão, ganha a prova quem desliza menos”, explicou o atleta que tem uma má formação na mão direita, conhecida como Síndrome de Poland. O Mundial de tiro esportivo paralímpico será em maio, na Coreia do Sul e esta edição do Campeonato Brasileiro no Rio de Janeiro é fundamental para a formação da delegação nacional que irá à competição.

Como parte de sua preparação, Geraldo também atira em todas as provas de pistola, que vão do número um ao cinco, por acreditar que as competições se completam. Ele encarará os alvos até domingo (12), último dia da competição.

Nas outras provas do dia, Beatriz da Cunha (356 pontos), Eloísa Fernandes (343 pontos) e Andreia Lima (307 pontos) formaram o pódio na P2 pistola de ar feminino (SH1). Na R7 Carabina .22 3 posições- 50m (SH1), Carlos Garletti levou o ouro com 1.076 pontos, seguido por Benedito da Silva (962 pontos) e Luiz Azevedo (874 pontos). Na R9 – Carabina.22 deitado misto (SH2), Alexandre Galgani (605,5 pontos) e Flávio Campos (544,7 pontos) formaram o pódio.

O Campeonato Brasileiro de Tiro Esportivo ocorre de 10 a 12 de novembro no Centro Militar de Tiro Esportivo (CMTE). A competição é organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro no mesmo local em que foram realizadas as disputas da modalidade nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

(Assessoria)

Foto: Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB 

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