Diego Lorenzi não vê a hora de voltar aos gramados: “Meu pensamento diário”

Brasileiro chegou ao Oman Club há menos de um ano e espera fim de paralisação para voltar a jogar – Foto: Arquivo pessoal

Postado em: 25-03-2020 às 13h00
Por: Daniell Alves
Imagem Ilustrando a Notícia: Diego Lorenzi não vê a hora de voltar aos gramados: “Meu pensamento diário”
Brasileiro chegou ao Oman Club há menos de um ano e espera fim de paralisação para voltar a jogar – Foto: Arquivo pessoal

Victor Pimenta

Os primeiros casos do Covid-19 aconteceram no dia 31 de
dezembro do de 2019, na cidade de Wuhan, na China. De lá para cá, o cenário
mundial foi tomado pela pandemia mais conhecida como coronavírus. A doença que
já fez milhares de vítimas fatais, tomou conta do futebol, paralisando grande
parte dos campeonatos.

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Não muito distante da China, em Omã, um país asiático também
sofre com as consequências da doença, tendo seus dois primeiros casos no final
de fevereiro. Hoje já são oitenta e quatro casos confirmados, mas nenhuma
vítima fatal.

Se em grande parte dos campeonatos asiáticos foram
paralisados, o mesmo acontece com Omã, onde atua o volante brasileiro Diego
Lorenzi, jogador do Oman Clube, que falou como foi receber a notícia morando no
continente asiático.

“Aqui no país não foi um alarde assim tão grande,
principalmente no meu clube. As pessoas aqui são muito tranquilas, muito
serenas e faltando dois dias para o último jogo, recebemos um comunicado que o
campeonato seria cancelado a princípio por um mês. Fomos para o jogo e quando
voltamos, ficamos dois dias parado. Jogamos no sábado e na segunda tivemos a
notícia que o campeonato foi cancelado até setembro. Então, não teve um alarde
continuo assim, tanto que eles já avisaram e bloquearam em questão de dois,
três dias. Faz uma semana já desde o último jogo, já resolvi tudo e estou para
voltar para o Brasil”, disse o jogador.

Natural de Xanxerê, Santa Catarina, Diego Lorenzi chegou ao
país recentemente não tendo completado um ano de clube. No futebol brasileiro,
jogou em clubes como Mirassol, América Mineiro, Mogi Mirim, Luverdense,
Londrina e por último o Santa Cruz antes de mudar de continente. Aos 30 anos,
ele comentou o que espera com o possível retorno das competições.

“Meu pensamento é diariamente quando irá começar os
campeonatos novamente, porque hoje com essa paralisação, com esse encerramento
de contrato, acabamos ficando desempregado e acaba que a gente não vê a hora
disso tudo terminar para que os campeonatos voltem, para que os clubes voltem
para voltarmos a trabalhar. Tenho certeza que quando voltar, será uma alegria
para todo mundo, porque tem muitas pessoas com incertezas, que não sabem o que
fazer, porque a maioria dos jogadores brasileiros pelo mundo não ganham
salários astronômicos, mas sim salários que dá para se manter. E com três a
cinco meses sem trabalhar é um problema muito grande para quem tem família para
cuidar”, ressaltou o brasileiro.

Mesmo distante de casa, o volante procura um jeito de falar
com seus familiares. Diego Lorenzi apesar de ser do oeste de Santa Catarina,
tem familiares em outras regiões e que de longe fica preocupado, mas com fé
para dar tudo certo no final.

“Eu converso diariamente com minha família e a situação está
bem crítica. Tenho familiares no estado de São Paulo, o estado mais afetado e
também tenho familiares em Santa Catarina, um dos estados também mais afetados
e tem me preocupado muito, mas a gente confia em Deus e tenho certeza que o
melhor ele tem para a gente e que vamos passar por cima disso sem nenhum
problema. (Especial para O Hoje)

 

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