Patrick Fabiano comenta situação no Kuwait e elogia apoio do clube

Brasileiro vive no Kuwait há mais de seis anos e vê situação mais controlada em relação aos demais países – Foto: Assessoria Al-Samiya

Postado em: 26-03-2020 às 17h10
Por: Daniell Alves
Imagem Ilustrando a Notícia: Patrick Fabiano comenta situação no Kuwait e elogia apoio do clube
Brasileiro vive no Kuwait há mais de seis anos e vê situação mais controlada em relação aos demais países – Foto: Assessoria Al-Samiya

Victor Pimenta

Em meio a pandemia do coronavírus, alguns países próximos a
China foram afetados com a doença que tem espalhado, feito milhares de vítimas
e causado milhares de mortes. Embora o país que se originou o Covid-19 seja “perto”
do Kuwait, ambos no continente asiático, o país kuwaitiano não possui números
alarmantes do caso corona.

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Isso porque, o país é tem seu governo parlamentar comandado
por Sabah Al-Ahmad, que já sabia da gravidade de onde poderia chegar a doença e
desde já protegeu sua população e alertou sobre as consequências que poderia
causar o vírus. Ao todo são duzentos e oito casos do covid-19, sem nenhuma
fatalidade.

Com isso, o futebol no Kuwait não foi diferente dos outros
países próximos e paralisou de forma rápida e eficaz antes que acontecesse o
pior. Quem falou sobre a situação foi o atacante Patrick Fabiano, que atualmente
defende as cores do Al-Samiya, da primeira divisão em seu campeonato nacional.

“A mudança aqui no país que eu me encontro, no Oriente Médio
não foi tão brusca porque o governo antes mesmo de acontecer o primeiro caso,
já estavam tomando medidas preventivas nos aeroportos, fazendo a verificação.
Até nos mesmos tivemos parentes que vieram nos visitar em meados de janeiro e
quando entraram, já estava sendo feito a verificação, ou seja, o caso aconteceu
em dezembro na China e em janeiro aqui os aeroportos já estavam fazendo a
verificação. Então não pegou de surpresa a gente”, disse o atacante.

O brasileiro de 32 anos na temporada passada chegou a
defender as cores do CSA no Brasileirão, mas retornou ao país onde vive há mais
de cinco anos. Antes de vestir as cores do Al-Samiya, o atacante passou por Al
Nasr, Kazma e Kuwait SC. Patrick Fabiano acredita que pelo campeonato ter
paralisado mais cedo e o governante ter agido com segurança, tem mais esperança
que tudo passará mais rápido logo.

“Pelo governo ter controle total da população, tanto nativa,
quanto estrangeira, temos muito mais esperança que essa situação aqui irá se
normalizar rápido no que eu digo, dentro de um, dois meses. Primeiro que as
pessoas acatam as regras que o governo passa. Segundo que o nível da população
aqui é muito menor do que nos países grandes, então, fica muito mais fácil do
governo ter o controle. A situação aqui eu vejo de maneira bem esperançosa. Os
casos não têm aumentado e os de recuperação tem sido alto, então isso é muito
bom. Não tivemos nenhuma perda e o controle tem sido rigoroso, que é bom”,
ressaltou Patrick Fabiano.

Com a paralisação do campeonato, Patrick Fabiano falou sobre
as medidas que o Al-Samiya tomou em relação aos jogadores, orientando e sempre
se informando sobre a saúde de seus funcionários.

“Assim que as autoridades do país decretaram a paralisação
total e o clube nos indicou a ficar em casa, cumprir a quarentena de forma
rigorosa, evitar sair. Eles sempre têm passado informações, por ser um país que
a primeira língua é o árabe e em muitas notícias, muitos jornais a escrita é em
árabe, então o pessoal está sempre através de grupos de whatsapp passando para
nós várias instruções, novas informações e atualizações da situação atual. Mas
tanto o presidente, quanto a diretoria não tem sido tão presente, ao mesmo
tempo ausentes porque não há necessidade e agora nos resta a aguardar”, falou o
brasileiro.

O atacante que é natural de São Paulo, contou também como
tem sido o contato com seus familiares que moram no Brasil. Patrick orientou de
acordo com o que tem acontecido na sua vida no Kuwait.

“A gente tem passado o dia conversando com o
pessoal no Brasil. A gente vê que infelizmente o nível de despreocupação é
muito alto em muitas partes, mas converso muito com minha mãe, com meus tios,
sobrinhas e todo mundo. A gente sabe que não está fácil aí e temos passado um
pouco do que tem passado aqui e indicando as mesmas precauções que estamos
tomando aqui para que seja tomada aí e que essa situação passe logo, essa é a
realidade”, destacou a importância da família em um momento como esse.  

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