Vila Nova e clubes da Série C estão em busca de ajuda milionária

Os 20 times da terceira divisão do Campeonato Brasileiro, incluindo o Tigre, pedem que a CBF os ajude no valor de R$ 30 milhões - Foto: Afonso Cardoso

Postado em: 03-04-2020 às 17h05
Por: Luiz Felipe
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Os 20 times da terceira divisão do Campeonato Brasileiro, incluindo o Tigre, pedem que a CBF os ajude no valor de R$ 30 milhões - Foto: Afonso Cardoso

Luiz Felipe Mendes

Em meio à quarentena por causa
do Covid-19, os times de futebol vêm sofrendo golpes duros, financeiramente
falando. Os clubes da elite do Brasileirão estão sofrendo com a falta de
partidas oficiais, patrocínios, investimento e arrecadação. As equipes que
integram divisões inferiores no calendário nacional sofrem ainda mais. Por
isso, os 20 membros da Série C resolveram pedir uma espécie de mesada à
Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no valor total de R$ 30 milhões.

Em videoconferência realizada
entre representantes da terceira divisão do Campeonato Brasileiro, as partes
resolveram enviar uma solicitação formal à CBF. O acordo é o seguinte: a entidade
ajudaria os clubes com R$ 1,5 milhão para cada um, dinheiro dividido em seis
parcelas de R$ 250 mil. Portanto, isso custaria R$ 30 milhões aos cofres da
confederação, somando tudo. Os integrantes da Série C são Boa Esporte,
Botafogo-PB, Brusque, Criciúma, Ferroviário, Imperatriz, Ituano, Jacuipense,
Londrina, Manaus, Paysandu, Remo, Santa Cruz, São Bento, São José, Tombense,
Treze, Volta Redonda, Ypiranga e o único goiano presente na competição, o Vila
Nova.

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O Tigre, aliás, já deixou bem
claro que está passando por um momento complicado economicamente. Com o
rebaixamento confirmado no ano passado, a agremiação perdeu dinheiro
naturalmente, e a pandemia só piorou a situação. Dentro de campo, o grupo vinha
passando por altos e baixos, mas demonstrou um potencial de melhora na última
rodada antes da paralisação, quando derrotou o Anápolis por 2 a 0 no Onésio
Brasileiro Alvarenga. Contudo, a interrupção do Campeonato Goiano fez com que o
caixa colorado sofresse, inclusive culminando nas rescisões dos contratos de
seis atletas, alguns deles peças constantemente utilizadas nas quatro linhas:
Wallace, Crystian, Francesco, Liel, Celsinho e Dimba.

Atualmente, o alvirrubro
concedeu férias gerais aos seus jogadores até 20 de abril. O período de 20 dias
foi padrão entre os clubes brasileiros, e com o Vila não foi diferente.
Dependendo da situação que o cenário da saúde estiver no nosso território, as
férias podem ser prorrogadas por mais dez dias. Durante este período, a
diretoria estuda realizar uma redução salarial dos atletas para não se
complicar ainda mais. O entrave, no entanto, permanece entre o clube e o
Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás (SINAPEGO), o qual
recusou a proposta inicial de redução de 50% dos salários. O sindicato afirmou
que fez uma contraproposta, mas não revelou os detalhes.

Uma compensação ou auxílio por parte da CBF seria extremamente
importante para que o Vila – assim como os outros 19 clubes da Série C – conseguisse
se estabilizar por mais um tempo na quarentena. Existe a previsão de que o
futebol nacional retorne somente a partir de maio, mas o prazo pode se estender
bem além do esperado. Não há nenhum tipo de previsão precisa no momento.

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