Adson admite erro em treino sem autorização, mas quer volta do futebol

Felipe André

O Atlético Goianiense voltou aos treinos sem autorização por
parte da prefeitura. Imagens realizadas pela jornalista Nathalia Freitas, da
Rádio Sagres, mostraram os atletas do clube rubro-negro se movimentando e
trocando passes, mas sem utilizar o uniforme oficial ou de treino do Atlético.
Atletas tiveram a temperatura conferida na entrada do Centro de Treinamento,
localizado no setor Urias Magalhães e realizaram os devidos testes. A repercussão do caso não foi positiva e o clube recuou e afirmou que não terá treinos nesta quarta-feira (27).

Apenas três jogadores do Atlético não se sentiram
confortável em voltar aos treinos presenciais, entretanto não tiveram os nomes
revelados. O Atlético já tem um protocolo de volta aos treinos definido e
defende fortemente o retorno das atividades, e já realizou os exames em todos
os atletas. O presidente Adson Batista revelou que tinha informações de que os
treinos seriam liberados e que havia decidido apenas “se antecipar”, mas
admitiu que foi uma decisão que não deveria ter tomado. “Realmente foi uma
atividade que não deveríamos ter feito, mas a responsabilidade é minha”, disse
Adson.

“A partir do momento em que estiver liberado – volta aos
treinos -, vamos convocar todos. Conversei com os jogadores e não vejo nenhum
problema, foi apenas um desconforto que tiveram, mas os exames dão a
tranquilidade necessária. Todos querem treinar, eu tenho um termo de
responsabilidade assinado por todos e o nosso jurídico está atento. [Caso o
atleta não queira voltar] Naturalmente se for uma coisa prejudicial ao clube e
ao atleta podemos chegar até a uma rescisão, mas em momento nenhum vou tomar
decisão de maneira precipitada, vamos procurar entender”, destacou o presidente
Adson Batista.

Ainda sem uma data estabelecida pela Confederação Brasileira
de Futebol (CBF) para a volta do futebol no Brasil, o Atlético tenta a volta
aos treinos.

“Eu entendo que nesse momento a melhor atitude é
voltar a trabalhar e enfrentar a doença de frente, com segurança e toda a
tranquilidade. O futebol é um meio de poucas pessoas, se você for em um
supermercado está lotado, no ônibus está um em cima do outro, qual é mais
perigoso? Tem pessoas que buscam o sensacionalismo, que pensam diferente, que
quer fazer tempestade, criar problemas em cima de decisões dos outros. Eu
assumo as minhas decisões juntamente com a minha diretoria. Temos toda a
segurança e convicção que temos totais condições para voltar a treinar”,
afirmou Adson.