Quinta-feira, 28 de março de 2024

Goiás vai contar com representantes na Paralimpíadas de Tóquio

Seleção brasileira feminina de vôlei sentado: quatro jogadoras goianas, bolsistas do Pró-Atleta, têm chance de serem convocadas para as Paralimpíadas de Tóquio | Foto: Divulgação

Postado em: 20-01-2021 às 08h00
Por: Raphael Bezerra
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Seleção brasileira feminina de vôlei sentado: quatro jogadoras goianas, bolsistas do Pró-Atleta, têm chance de serem convocadas para as Paralimpíadas de Tóquio | Foto: Divulgação

O Estado de Goiás vai contar com representantes nas Paralimpíadas de Tóquio, que serão realizadas entre os dias 24 de agosto e 5 de setembro, no Japão. Quatro atletas disputam vaga para a seleção brasileira feminina de vôlei sentado, cuja convocação oficial deve sair em maio deste ano: Adria Silva, Jani Freitas, Nurya Almeida e Pâmela Pereira. Do lado masculino, quem está muito próximo de carimbar o passaporte para a terra do sol nascente é Hélcio Luiz Jaime, que integra a equipe de tiro com arco. Em comum, além do amor pelo esporte, eles são beneficiários do Pró- Atleta,  bolsa oferecida pelo Governo de Goiás por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel). 

“É muito importante poder dar aos nossos atletas a capacidade de ampliar as condições de treinamentos e competições, para que possam se tornar referência em suas modalidades”, destacou o governador Ronaldo Caiado durante divulgação da lista de contemplados do programa, em outubro do ano passado.

Na ocasião, 600 esportistas de alto rendimento foram beneficiados pela iniciativa, com investimentos que totalizaram R$ 750 mil. Com a pandemia e a paralisação das competições e treinamentos, o programa foi suspenso de março a setembro, mas retomado ainda em outubro do mesmo ano.

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Para 2021, a meta do Governo de Goiás, segundo o titular da Seel, Rafael Rahif, é investir ainda mais. “Nosso papel é fomentar o esporte de alto rendimento, dar suporte aos atletas para que eles possam trazer resultados significativos ao Estado”, ressaltou. “2020 foi um ano difícil por causa da pandemia. Temos a expectativa, nesse ano, da retomada de competições, e vamos aumentar o número de parcelas do programa, o que será de suma importância para a preparação destes atletas durante toda a temporada”, complementou Rahif.

Atletas

A seleção feminina de vôlei sentado garantiu a vaga para o principal evento esportivo mundial no ano passado, durante os Jogos Parapan-Americanos de Lima, no Peru. O quarteto Adria, Pâmela, Jani e Nurya esteve em todas as competições com a equipe brasileira desde 2016, quando conquistaram a inédita medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. Elas têm grande chance de estarem entre as 12 convocadas para Tóquio.  “Nosso propósito para 2021 é medalha de ouro com a seleção brasileira para Goiás”, afirma otimista a atleta paralímpica Jani Freitas.

Do total de bolsas oferecidas pelo Pró-Atleta, 10% são destinadas ao paradesporto. Jani foi selecionada no processo seletivo de 2020. O incentivo financeiro tem ajudado a jogadora a se manter no esporte. “Esse benefício é muito importante. Eu vejo como um reconhecimento do Estado, que se importa com a modalidade. Com esse dinheiro, consigo comprar material de treino, uniforme,  fazer inscrições em competições”, afirmou.

Olimpíadas 

Para as Olimpíadas de Tóquio, que preenchem o calendário de 23 de julho a 8 de agosto, também tem atleta goiano na quadra, ou no caso, tatame. A lutadora Laís Nunes está com a vaga assegurada e outros três esportistas se preparam para as últimas disputas na expectativa de conquistar a vaga.

Uma delas é a ciclista Raiza Goulão, de 30 anos, beneficiária do Pró-Atleta. “É um orgulho muito grande ser uma esportista goiana e ver que o Estado se preocupa com o incentivo, que oferece uma bolsa de auxílio para complementar a renda do atleta”, destacou Raiza, que tem um gasto muito alto com equipamento na modalidade em que atua, mountain bike.   

Desde o início da pandemia, ela deixou Minas Gerais, onde treinava, para voltar para Pirenópolis, município onde nasceu e cresceu com a família. “Em ‘Piri’, consegui manter minha rotina e intensificar os treinos nas serras, ladeiras e morros”, disse. “Pude voltar a competir no final do ano [2020] e participei de campeonatos internacionais”, acrescentou a jovem, que está em  Mairiporã, São Paulo, onde se prepara para novas competições no fim de fevereiro. 

Quem ainda está na corrida para carimbar o passaporte rumo ao Japão são a lutadora Kamila Barbosa e o nadador Diogo Villarinho. 

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