A praia é do malandro

Pagode e descontração embalam clima musical na tarde de domingo (21)

Postado em: 20-01-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Pagode e descontração embalam clima musical na tarde de domingo (21)

GUSTAVO MOTTA*


Sorriso Maroto e Marquynhos SP são as atrações da 1ª edição do evento Nossa Praia” que acontece na tarde de domingo (21) e promete um clima de litoral no Espaço Malakai Alphaville. O organizador Vinícius Toledo destaca que a proposta surgiu porque havia uma demanda do público goianiense por shows durante o dia. “Estamos atendendo a esse pedido”, afirma. Os portões serão abertos às 14h.

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A primeira apresentação vai ser do Dj Arhur, considerado um dos mais renomados nomes da discotecagem goiana. Em seguida, Marquynhos SP sobe ao palco às 18h. O paulistano que reside na Capital vai receber as participações especiais dos grupos Chama Q Noix e Brazuca, além da cantora Grace Carvalho que, em 2015, participou do programa The Voice Brasil. Vinícius conta que o Sorriso Maroto deve subir ao palco às 20h, com encerramento da atração às 22h30.


Praia

O organizador afirma que o espaço, para receber o público, foi concebido para simular uma praia: “Queremos trazer essa sensação da areia ao público, ainda mais agora no fim da temporada de férias e viagens”. Vinícius afirma que a tarde com Sorriso Maroto e Marquynhos SP promete trazer um pouco mais do litoral para quem chegou de viagem, e também levar o clima praiano para quem não pôde viajar. A organização chama a atenção para o uso de calçados no evento: “Não teremos espaços cimentados, então a recomendação é que o pessoal chegue de tênis e sandálias”.

O Malakai tem capacidade para até mil pessoas e o organizador comemora o sucesso do evento: “Até a última sexta-feira (19) tínhamos vendido cerca de 80% dos ingressos”. Vinícius destaca que novas edições do Nossa Praia devem acontecer mensalmente, sempre com um ritmo musical específico: “Queremos trazer sempre de volta a iniciativa – com gêneros específicos – e temos planejado um retorno com reggae”. No pagode, o organizador conta que a escolha do Sorriso Maroto foi facilitada pela proximidade deles com Marquynhos, que reside em Goiânia e possibilitou a comunicação com o grupo.

“Eles já tinham um show marcado para a segunda-feira (22)em Brasília, então a locomoção deles já estava quase encaminhada”, conta Vinícius. O grupo carioca viaja de avião com uma equipe composta por 38 membros, além de conter um caminhão com equipamentos trazidos do Rio de Janeiro. Para o aquecimento da tarde de pagode, as duas atrações realizaram um bate-papo com o Essência.


SERVIÇO

‘Nossa Praia’

Quando: domingo (21)

Onde: Espaço Manakai Alphaville (Avenida PL-2, nº334, Alphaville Araguaia – Goiânia)

Horário: 16h

Entrada: R$ 85 (camarote) e R$ 65 (área Premium). Informações: (62) 9-8464-4101

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação da editora Flávia Popov

 

Entrevista SORRISO MAROTO 

Qual a expectativa do grupo em se apresentar na inauguração do evento Nossa Praia?

Pra nós será um prazer, até porque temos um público fiel em Goiânia e esperamos que a apresentação seja um sucesso.


O que o público presente pode esperar do show?

Muita música boa e novidades do novo trabalho que já entramos em estúdio pra gravar.


Qual a conexão da banda com Goiás?

É um prazer imenso recebero convite para nos apresentarmos por aqui. Todos falam que Goiânia é o centro da música sertaneja – mas com nosso pagodinho diferente, sempre contagiamos essa galera que curte música boa.


No ano passado vocês lançaram a turnê De Volta Pro Amanhã. Qual a reação do público a esse trabalho?

Lançamos a primeira parte desse projeto (dividido em três etapas) e começamos a fazer alguns teste para um novo trabalho, mas ainda temos muita coisa para mostrar da turnê De Volta Pro Amanhã.

Como foi essa experiência de filmar o documentário A Casa (o registro saiu juntamente com o DVD da turnê anterior)?

Foi algo mágico! A experiência foi nova, com muitos amigos que participaram, como o grupo Roupa Nova – que somos muito fã –, Wesley Safadão e outros artistas que são muito admirados pelo seus trabalhos. Foi um projeto que nos deixou orgulhosos e, como sempre, os nossos fãs abraçaram essa realização.


No início da carreira, quais foram as principais dificuldades que o grupo enfrentou?

O começo é sempre difícil, falta de oportunidades e de estrutura. Apesar disso, Deus sempre nos mostrou os caminhos a seguir e, hoje, estamos sempre procurando fazer nosso melhor a cada trabalho e em cada nova apresentação – onde podemos levar nossa música para todos os cantos do Brasil e fora dele.


Quais são as principais influências da banda?

Música boa! Cada um aqui curte alguma banda ou grupo musical, e juntamos isso. Procuramos sempre ouvir um ao outro para podermos misturar as influências e pra que o som do Sorriso possa ter a nossa cara, nossa personalidade. 

Entrevista MARQUYNHOS SP 

Qual a sua expectativa para se apresentar no evento?

Eu tenho as melhores expectativas possíveis, até porque esse é o primeiro grande show de pagode, em Goiânia, nesse ano. É um privilégio me apresentar no mesmo palco que um grupo renomado como o Sorriso Maroto.


Como é levar o samba e pagode para uma cidade que é considerada a Capital do Sertanejo?

Eu sou um paulistano que mora em Goiânia há dez anos. Nesse tempo, eu consegui muitas parcerias e percebo que o goianiense gosta mesmo é de música boa, feita com qualidade – independente do gênero.


Antes da carreira solo, você passou por alguns grupos…

Sim. Primeiro formei o grupo Nosso Jeito, na Zona Leste de São Paulo (Mauá), mas naquele tempo eu fazia parte apenas da percussão. Anos depois, eu participei do grupo Nuance, quando comecei a estudar música e me aprimorar como cantor. Por volta dessa época (2002), o Chrigor Lisboa deixou o vocal do Exaltassamba e começou a se apresentar como artista solo, e nós do Nuance dividimos o palco com ele em muitas ocasiões.


Depois você optou pela carreira solo…

No Nuance começamos a ter algumas divergências a respeito da nossa agenda, tanto entre os membros, quanto com o empresário que cuidava da nossa carreira. Quando chega em uma cidade, um grupo recebe atenção da imprensa e tem que conversar com emissoras de TV e rádio, e isso deixou alguns membros arrogantes. Eu tive os meus atritos e saí do grupo. Aqui em Goiânia, eu recebi a proposta de seguir a carreira solo, até para facilitar o gerenciamento da carreira.


Você veio de uma região periférica, por isso chegou a enfrentar dificuldades para ser notado como artista?

Eu acho que existe um preconceito com quem vem da periferia. Eu me lembro que haviam poucas oportunidades e sempre que tocava em uma região mais frequentada por pessoas de grande poder aquisitivo, como a Zona Sul Paulista, havia uma resistência. É preciso lutar muito ainda para conseguir visibilidade.


Você já dividiu palco com grandes nomes da música…

Inclusive fui convidado pelo Dudu Nobre para participar do carnaval em Cabo Verde, na África. Também já tive parcerias com Belo, Raça Negra, Ferrugem e Neguinho da Beija-Flor, entre outros. Quando estou com eles eu sempre prefiro ouvir do que falar – assim eu aprendo com quem tem mais experiência de estrada. O Alexandre Pires, por exemplo, tem uns 30 anos de carreira e duas décadas de sucesso, então ele carrega uma bagagem enorme de conhecimentos.


Você planeja lançar um DVD nesse ano? Como estão os preparativos?

O DVD Pagode da Patricinha #MSP Convida será gravado em Brasília, e gravar um registro desses é o sonho de todo artista – é o meu primeiro. Estou ansioso pra isso, e tenho me preparado muito (risos). Eu faço preparação vocal e terapia semanal com fonoaudiólogo. Também tenho frequentado academia para chegar na melhor forma. Um destaque desse projeto é que o show deve contar com a participação especial de artistas como Dudu Nobre, Ferrugem, Raça Negra e outros. 

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