Cafeterias se multiplicam em Goiânia; conheça algumas delas

Aline Bouhid

Como o arroz e feijão, a paixão do brasileiro por café é cultural. Para se ter uma ideia, 98% dos brasileiros consomem o grão, dentro ou fora de casa. O dado é de uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC). Somos o segundo maior consumidor da bebida, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Em Goiânia, existem atualmente 1.708 estabelecimentos com registro ativo que vendem café. Os dados são da Junta Comercial de Goiás e englobam lanchonetes, casas de chá, sucos, similares e padarias. Nos últimos dez anos, a Juceg indica que o número de constituições desses estabelecimentos saltaram de 2.204 para 3.113.

Para a ABIC, a tendência é de que o consumo cresça 3,5% até 2021. Se o consumo cresce, estabelecimentos que comercializam a bebida tendem a ganhar cada vez mais território. Nas franquias o segmento também tem crescido. De acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF) existem 40 marcas franqueadas. Cada xícara de café tem margem de lucro elevada: custa cerca de R$ 0,50 e é normalmente vendida por R$ 5,  a depender do tipo. Mas, o tícket médio, quanto as pessoas gastam, é baixo nas cafeterias. Especialistas em economia indicam que por isso vender só café dificilmente vai manter uma loja. Eles explicam que por esse motivo normalmente as lojas apostam no mix de comidas e bebidas para ter lucro. 

Diante disso, além do simples cafezinho, o mercado de grãos premium tem ganhado adeptos. Pesquisas indicam que o consumo deste tipo de produto está crescendo 15% ao ano. Goiânia tem diversas casas especializadas em grãos de qualidade superior, 100% arábica, servidos nos mais diversos métodos de preparo e com acompanhamentos de dar água na boca, seja na linha de lanches e confeitaria, seja em pratos principais, elaborados para satisfazer paladares exigentes. 

Segundo o Euromonitor, o mercado brasileiro de café premium tem crescido de forma acelerada. No Brasil, o consumo anual de café premium está em torno de 70 mil toneladas, o que representa de 5% a 10% do consumo total no setor. “Um novo olhar e paladar foram despertados pelos coffee lovers. Agora, mais do que nunca, a satisfação gira em torno do reconhecimento de sabores, variações, rótulos e processo de fabricação da bebida”, explica Hugo Antônio Oliveira, proprietário da loja Segafredo em Goiânia.

A cafeteria Segafredo em Goiânia foi a primeira do País. Inaugurada recentemente, a loja tem cardápio elaborado pela chefe Emiliana Azambuja. O proprietário comentou que a escolha partiu de um feeling comercial. “Não temos estudos sobre o crescimento do mercado goiano, foi mais uma oportunidade comercial que enxergamos. Já somos parceiros do shopping Passeio das Águas e vimos que seria uma boa oportunidade. É um negócio pequeno e com lucratividade interessante”, afirmou.

A servidora pública Clarissa Queiroz é frequentadora assídua de cafeterias na cidade. Para ela, a experiência  vai muito além do café em si. “Gosto do ambiente calmo das cafeterias, dos aromas e diferentes tipos de quitutes”, comentou. Para a enfermeira Marília Castro, as cafeterias funcionam como refúgio e aconchego. “É um ambiente bacana, calmo e normlamente apresentam preço justo. Confesso que tenho afinidade ideológica mesmo com esses lugares. Além disso, gosto de levar meus filhos também para ter contato com livros e aproveitar esses espaços que são refugio dentro da cidade”, afirmou Marília. 

Para a proprietária de uma cafeteria tradicional de Goiânia, que funciona há mais de 11 anos no setor Oeste, a ideia de abrir uma cafeteria veio do desejo de trazer para o público uma memória afetiva da infância. “Meus pais são mineiros. E como nós sempre gostamos da comida mineira, resolvemos trazer esses sabores para Goiânia. A ideia inicial era de abrir um empório com produtos de Minas Gerais, mas o café acabou dando tão certo, que virou mesmo uma cafeteria”, lembra Adriana Vilaça Portugal. 

O negócio dela tão certo que além de estar na Galeria Portugal, agora também ocupa espaço no estande do Legend na Praça do Sol. O local é frequentado por moradores e executivos, que aproveitam o local aconchegante para tomar café enquanto fazem negócios. Adriana conta que “o carro-chefe do estabelecimento é o café no bule acompanhado da broa de fubá e o pão de queijo de receita puramente mineira”, comenta. 

Para ela, o sucesso se deu especialmente pelo envolvimento pessoal de seus pais na cozinha. “Apesar de trabalharem fazendo os quitutes, meus pais estão sempre conversando com os frequentadores na loja. Por eles terem esse jeitinho mineiro e serem mais idosos, o pessoal acaba se sentindo em casa”, disse a empresária. 

Conheça algumas casas em Goiânia

Ateliê do Grão

Endereço: Rua 36, 354, Setor Marista. 

Horário de funcionamento: Diariamente, das 8h às 20h.

Café Cariño Cafeteria

Endereço: Rua 1136, nº 530, St. Marista.

Horário de funcionamento: De segunda a quarta-feira, das 11h30 às 20h; de quinta-feira a sábado, das 11h30 à 00h.

Café Coreto

Endereço: Rua 142, nº 221, Setor Marista 

Horário de funcionamento: De segunda a sexta-feira, das 8h às 20h; sábados, das 9h às 18h.

Coffee Time 

Endereço: Rua T-51, 761, St. Bueno.

Horário de funcionamento: De segunda-feira a sábado, das 7h às 20h.

Doce Café

Endereço: Galeria Portugal – Rua 9, 1.202, St. Oeste

Horário de funcionamento: De segunda a sexta-feira, das 7h às 20h; aos sábados, das 7h30 às 13h.

Fran’s Café

Endereço: Unidade Marista – Alameda Dom Emanuel Gomes, 66, Setor Marista; tel.. Unidade Oeste – Rua João de Abreu, 164, ao lado da Praça do Sol – Setor Oeste;

Horário de funcionamento: de segunda a quinta-feira, das 7h às 23h;  sexta a domingo, 24h/Diariamente, 24h.

Telefone: (62) 3942-1314; (62) 3215-1590.

Luiz Café Conceito

Endereço: Rua 32-A, 146, Setor Aeroporto

Horário de funcionamento: de segunda-feira a sábado, das 14h às 20h.

Ópera Café

Endereço: Rua T-52 (Orestes Ribeiro), 511, Setor Bueno

Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 9h às 20h; sábados e feriados, das 9h às 18h.