Quando procurar um tratamento para engravidar?

No momento em que mais esperam por um bebê, casal pode descobrir dificuldades para conceber

Postado em: 13-01-2017 às 14h50
Por: Redação
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No momento em que mais esperam por um bebê, casal pode descobrir dificuldades para conceber

Com a chegada de um novo ano, é hora de apostar em novos objetivos e começar a traçar planos para o futuro. Para muitas mulheres, o sonho da maternidade é um dos principais desejos para ano que se inicia. No entanto, após diversas tentativas, muitas não conseguem um resultado positivo e aí vem a pergunta: devo procurar ajuda médica?

De acordo com Renato de Oliveira, ginecologista responsável pela área de reprodução humana, a ausência de gravidez após um ano de tentativas frequentes sem o uso de métodos anticoncepcionais caracteriza a infertilidade. “A possibilidade de ocorrer gravidez em mulher sexualmente ativa, durante um ano, gira em torno de 85% quando ela ou seu parceiro não utiliza nenhum método contraceptivo. No entanto, se após um ano de vida sexual sem contracepção e sem dois abortos consecutivos a mulher não conseguir engravidar, é recomendando procurar auxílio”.  

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O médico ainda ressalta a importância de mulheres com 35 anos fazerem um controle maior: “há uma recomendação da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva que a mulher com mais de 35 anos deve procurar um especialista após 6 meses de tentativas sem sucesso e, após os 40 anos, procura imediata assim que desejar uma gravidez”.

CAUSAS DE INFERTILIDADE  

Dr. Renato comenta que na mulher, a endometriose, as alterações nas tubas uterinas, os distúrbios da ovulação, as alterações uterinas, a obesidade ou o baixo peso, a exposição às doenças sexualmente transmissíveis e o tabagismo, são exemplos claros de situações que aumentam o risco de infertilidade. “Outra situação é a exposição aos tratamentos oncológicos como a quimioterapia ou radioterapia. Nestes casos, dependendo do processo utilizado, há prejuízo da reserva ovariana e alto risco de infertilidade. Por isso, estas pacientes devem sempre ser orientadas quanto à preservação de fertilidade”. 

No caso dos homens, o especialista destaca os fatores relacionados à exposição a substâncias tóxicas. “Dentre os exemplos mais comuns, o uso de maconha e alguns medicamentos, como os quimioterápicos, a radiação ionizante, o calor ou os hormônios exógenos, como os anabolizantes comumente utilizados em academias. Além disso, infecções que levam à inflamação dos testículos também podem estar envolvidas”.

TRATAMENTOS

Com o avanço da medicina reprodutiva e da tecnologia, os médicos voltados a esta especialidade têm buscado cada vez mais soluções eficazes para o tratamento da infertilidade. “As chances de uma fertilização in vitro (FIV) resultar em gravidez giram em torno de 35% por tentativa, considerando pacientes até 35 anos. Já nos casos de Inseminação Artificial, as taxas variam de 10 a 18% por ciclo, assim como no Coito Programado”, conclui. (Foto: reprodução)

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