Quinta-feira, 28 de março de 2024

A enxaqueca está presente na cabeça de 70% das mulheres

Casos crescem, ano após ano, e estão diretamente associados ao número de pessoas que sofrem por estresse e ansiedade

Postado em: 14-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Casos crescem, ano após ano, e estão diretamente associados ao número de pessoas que sofrem por estresse e ansiedade

Da redação 

Quando se pensa em um tema direcionado às mulheres, a enxaqueca aparece no topo da lista. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 90% da população mundial sofre ou já sofreu com o problema sendo que, desse percentual, 70% são mulheres, 10% homens e os outras 10% crianças em idade escolar.

Fábio Akiyama, fisioterapeuta que desenvolve um trabalho focado na Microfisioterapia, uma terapia que estimula a autocura por meio do toque – fazendo com o que o corpo reconheça seu agressor e inicie o processo de reprogramação celular –, explica que a enxaqueca nada mais é do que uma crise de dor de cabeça, que pode perdurar por horas ou até mesmo dias, sempre acompanhada de algum sintoma como enjoo, vômito, sensibilidade excessiva a luz, barulhos e cheiros. “Em casos mais severos, pode trazer cegueira parcial, pontos luminosos na visão, fala embaralhada, tontura, alteração de humor, problemas de concentração, diarreia e até problemas motores”, revela.

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As causas da enxaqueca ainda são controversas. “Há suspeitas de que seja uma resposta química do cérebro e de seus vasos sanguíneos provenientes de hormônios e neurotransmissores, alterando os receptores e vasos cerebrais, modificando, assim, a modulação da dor, frequentemente associado aos fatores externos como o estilo de vida e seus hábitos”, explica o especialista. Para resolver o problema, há quem aposte em métodos tradicionais, como os medicamentosos, que variam entre antidepressivos, betabloqueadores e neuromoduladores, ou alternativos como a acupuntura e reike.

Porém há casos em que nenhuma das opções já conhecidas ofertam a solução desejada. Para estes, existe a microfisioterpia, que não é invasiva e dispensa o uso de medicamentos, porque identifica a causa primária de uma doença ou sintoma e estimula a autorregulação do organismo para que o corpo reconheça o agressor e inicie a reprogramação tecidual.

Fábio explica que essas agressões primárias deixam “cicatrizes”, que ficam armazenadas nos tecidos, atrapalhando o funcionamento e desregulando o ritmo vital. “Através de micropalpações, procuro onde essa ‘cicatriz’, que ficou armazenada e reconhece qual tecido (musculoesquelético, tecido do sistema nervo, pele ou visceral), teve essa perda de vitalidade e está com o seu funcionamento afetado. Depois desta etapa, apresento para o corpo a estimulação necessária para que o próprio organismo elimine e produza uma defesa para combater a origem do mal”, destaca. Vale lembrar que não há contraindicações para essa técnica.

Grande parte das pessoas tratadas com a microfisioterapia tem resultados satisfatórios. A maioria consegue se livrar desse mal, e aqueles poucos que, não, levam uma vida regular e normal, menos limitante e dependente de fármacos. “Após a primeira sessão, a melhora é de pelo menos 60% nos sintomas. Isso se dá, porque a técnica trabalha estimulando o corpo a se livrar da causa, e não apenas atacando os sintomas.

O problema traz para a pessoa impactos nos mais variados setores da vida como. Foi o que aconteceu com a advogada Débora Silva, de 29 anos, que, desde pequena, sofria com o problema. “Aprendi a conviver com a dor, a descobrir quais alimentos ou situações que desencadeiam a crise e tentar evitá-las. Porém uma em especial estava fora do meu controle, a TPM, que desencadeava uma crise terrível de enxaqueca, além de uma cólica muito forte, que só conseguia controlar com remédios recomendados para dores mais intensas como as que eu sentia”, relata a paciente.

Foi depois de uma forte crise que ela iniciou o tratamento com Microfisioterapia. “Resolvi tentar, fiz duas sessões, mas a segunda foi apenas para uma ‘manutenção’ do sucesso já obtido. Nunca mais tive enxaqueca, daquelas de ficar de cama, ir para o hospital, perder dias de trabalho. Hoje em dia, se me submeto a situações que antes desencadeariam uma crise na certa, como ficar muito tempo no sol ou muito tempo sem comer; eu sinto dor de cabeça, mas daquela que qualquer um sente e um analgésico resolve. E, na TPM, eu ainda sinto um leve incômodo, como se fosse o organismo avisando sobre a menstruação, mas algo que às vezes um chazinho já resolve ou no máximo um analgésico”, conta Débora.

Dores de ter de parar no hospital, tomar remédio na veia, perder o dia de trabalho, como ocorria praticamente todo mês, não acontecem há um bom tempo. “Desde setembro de 2016, não sei mais o que é isto”, conclui a advogada. 

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