Quinta-feira, 28 de março de 2024

Acesso ao tratamento ainda é o maior desafio para quem desenvolve câncer de mama

Mastologista conta que as mulheres encontram sérias dificuldades para identificar onde e como agendar uma consulta, além de realizar a mamografia, biópsia e tratamentos, como quimioterapia

Postado em: 25-09-2017 às 16h40
Por: Victor Pimenta
Imagem Ilustrando a Notícia: Acesso ao tratamento ainda é o maior desafio para quem desenvolve câncer de mama
Mastologista conta que as mulheres encontram sérias dificuldades para identificar onde e como agendar uma consulta, além de realizar a mamografia, biópsia e tratamentos, como quimioterapia

O principal problema do cenário do câncer de mama no Brasil é
a dificuldade de acesso das mulheres para conseguir atendimento, desde a
prevenção até o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O presidente da Sociedade
Brasileira de Mastologia (SBM), Antônio Frasson, diz que o primeiro obstáculo
ainda é a falta de informação da população de modo geral.

“É preciso que o público feminino tenha consciência da
importância do assunto não só em outubro, mas durante o ano todo, além de ter
entendimento sobre como funciona a saúde pública”. A SBM se preocupa com os
diversos entraves encontrados pela população e, por isso, alerta da necessidade
da sociedade em se conscientizar mais e lutar por seus direitos.

Para o especialista, as mulheres encontram sérias
dificuldades para identificar onde e como agendar uma consulta com o
mastologista, realizar a mamografia, biópsia e tratamentos, como quimioterapia
e radiologia etc. Ele também cita a complexidade do Sistema de Centrais de
Regulação (SISREG), que limita as mulheres a ficarem aguardando por um
telefonema.  

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“Muitas vezes, o tumor pode demorar de 7 a 10 anos para
atingir 1 cm. Depois disso dobra de tamanho a cada seis meses. Por isso o
diagnóstico precoce é a linha determinante entre a maior ou menor chance de
cura da doença, já que se detectada no início pode chegar a mais de 95%”,
afirma Frasson.

O mastologista também destaca o comportamento das mulheres,
visto que muitas não procuram o acompanhamento médico e outras realizam exames
e não buscam o resultado. Frasson acrescenta que muitos mitos sobre o assunto
acabam impressionando e amedrontando as mulheres, o que acaba impedindo que
elas se cuidem preventivamente. Outros motivos de afastamento são o medo do
diagnóstico e de que o exame causa dor.

Neste Outubro Rosa, a SBM atuará com foco em incentivar as
mulheres a se cuidar, além de quebrar barreiras do medo e encorajá-las na luta
por seus direitos de acesso. 

Fotos: Reprodução

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