HPV é a doença sexualmente transmissível mais comum no mundo

Dados do Ministério da Saúde indicam que o HPV é o responsável por cerca de 5% a 10% de todos os cânceres

Postado em: 16-10-2017 às 14h50
Por: Victor Pimenta
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Dados do Ministério da Saúde indicam que o HPV é o responsável por cerca de 5% a 10% de todos os cânceres

Muitas vezes quando se fala em Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DSTs) logo se pensa na AIDS, causada pelo vírus HIV. Algumas
acabam sendo tratadas como menos importantes, como é o caso do vírus do
papiloma humano, o HPV. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer
(Inca), o agente biológico atinge 16 mil mulheres por ano no Brasil. Por ser
uma doença silenciosa, cerca de 36% dos casos levam a morte.

Segundo a enfermeira Carolina Freitas, chefe do Núcleo de Vacinas
da Clínica Ymune, a vacina contra o HPV protege contra os subtipos de HPV 6,
11, 16 e 18. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são
responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

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A enfermeira informa que outras complicações podem aparecer
nas mulheres, como o câncer de ânus, vagina e vulga. Os homens podem
desenvolver câncer de ânus. Portanto, a principal forma de prevenção é a
vacina, afirma Carolina. Dados do Ministério da Saúde apontam que o HPV é a
doença sexualmente transmissível mais comum no mundo, sendo responsável por
cerca de 5% a 10% de todos os cânceres.

Carolina argumenta que o sintoma mais comum do HPV é o
surgimento de verrugas genitais, normalmente uma manchinha branca ou
acastanhada que coça. A enfermeira alerta que muitas vezes a lesão pode não ser
visível a olho nu, aparecendo somente em exames como colposcopia, vulvoscopia e
peniscopia. Na maioria dos casos, essas manchas aparecem nas genitais, mas
também podem se desenvolver nas mãos, pés e bocas.

O Ministério da Saúde inseriu no calendário vacinal, em 2014,
a vacina tetravalente contra o HPV para meninas e em 2017, para meninos. O
grupo alvo da vacina é de 9 a 14 anos, por ser mais eficaz se aplicada antes do
início da vida sexual, sendo empregada em duas doses, com intervalo de seis
meses. 

Foto: Reprodução

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