Quinta-feira, 28 de março de 2024

Número de mulheres na UEG é maior que a média nacional

A maior ocupação de mulheres, na instituição, também é notada entre docentes e técnicos-administrativos, correspondendo a mais de 50% do total geral entre servidores e em cada uma das categorias

Postado em: 13-03-2018 às 17h10
Por: Victor Pimenta
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A maior ocupação de mulheres, na instituição, também é notada entre docentes e técnicos-administrativos, correspondendo a mais de 50% do total geral entre servidores e em cada uma das categorias

A quantidade de mulheres nos cursos de graduação da Universidade Estadual de Goiás representa 62,56% de estudantes da instituição, média quase 200% maior que a nacional, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Em relação a conclusão do curso no ano de 2018, o percentual é três vezes maior que a média nacional. Em números, são 12.844 mulheres em salas de aulas. Os números formam um informativo com indicadores de gênero lançado no dia 7 de março, e são resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) 2016.

Na UEG, a maior ocupação de mulheres também é notada entre
docentes e técnicos-administrativos, correspondendo a mais de 50% do total
geral entre servidores e em cada uma das categorias.

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O Censo da Educação Superior, realizado pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), em 2016, aponta que as
mulheres correspondem a 60% de toda comunidade discente nacional, entretanto,
quando analisados cursos relacionados às ciências, a média cai para 41%.

O número pode ser entendido à luz de diversos fatores sociais
que determinam ocupações diferentes para homens e mulheres. “Enquanto criamos
meninos para explorar o mundo, as meninas são educadas para atuarem no ambiente
doméstico. Esse tipo de educação influência na escolha da profissão”, analisa a
pró-reitora de Graduação da UEG (PrG), professora Maria Olinda Barreto.

A maior taxa de ocupação de mulheres nos cursos de
licenciatura pode ser entendida como reflexo desse sistema. “É colocado que
cabe às mulheres o papel de cuidar e zelar pela educação das crianças, enquanto
ao homem cabe o papel de ‘profissional provedor’. Essa divisão do trabalho é
que possibilita esse cenário de desequilíbrio nas taxas de ocupação dos
cursos”, afirma.

A professora aprofunda sua análise e toca em outro ponto
bastante crítico desse panorama. “A desvalorização das licenciaturas como opção
de carreira também é reflexo dessa visão. Como tudo que cabe ao feminino, a
docência passa a ser entendida como algo socialmente menor. E isso tem levado a
preocupante situação de desvalorização da carreira docente”, observa.

Na UEG, os cursos de licenciatura são os que
apresentam maiores números de estudantes mulheres, elas são atualmente 8.014 de
um total de 12.844 alunas em toda a instituição, inclusive nos cursos de
bacharelado e tecnológicos.

 Foto: Reprodução/Internet

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