Março Amarelo marca mês de conscientização sobre a endometriose

A enfermidade afeta 176 milhões de mulheres em todo o mundo e 6,5 milhões no Brasil

Postado em: 18-03-2019 às 12h40
Por: Suzana Ferreira Meira
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A enfermidade afeta 176 milhões de mulheres em todo o mundo e 6,5 milhões no Brasil

No Mês Mundial de
Conscientização sobre a Endometriose, a campanha Março Amarelo alerta para uma
doença que afeta 176 milhões de mulheres em todo o mundo e 6,5 milhões no
Brasil. O chefe do ambulatório de endometriose do Hospital Universitário Pedro
Ernesto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Marco Aurélio
Pinho de Oliveira, explicou que a doença, embora seja comum, ainda é pouco
conhecida e costuma demorar a ser diagnosticada: cerca de oito anos após o
aparecimento dos primeiros sintomas.

O ginecologista lembrou
que os sinais mais evidentes são dores muitas vezes incapacitantes, como
cólicas fortes e progressivas (que pioram ao longo do tempo), dores durante a
relação sexual, desconforto ao evacuar e urinar e até mesmo dores na região
lombar e nas coxas. Em alguns casos, a falta de tratamento pode levar a
problemas mais graves, como obstrução intestinal, se houver comprometimento
extenso do intestino, e a perda das funções renais, caso a bexiga e os ureteres
sejam prejudicados.

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“A mulher, às vezes,
vai ao ortopedista achando que tem algum problema na coluna. Ou vai ao
gastroenterologista achando que tem síndrome do cólon irritável. Mas é a
endometriose”, disse entrevista à Agência Brasil.

“O exame ginecológico
preventivo não mostra a doença, o ultrassom também não mostra. Ou só mostra
quando o crescimento do endométrio já está maior. A ressonância magnética
consegue detectar nódulos a partir de meio centímetro, mas a laparoscopia
detecta menor que isso. Só assim pra ter um diagnóstico precoce”, acrescentou
Oliveira.

Há ainda, segundo ele,
outro sintoma característico da endometriose: a infertilidade feminina. Muitas
mulheres, apesar de não apresentarem dores e cólicas, têm dificuldade para
engravidar por conta do crescimento anormal do endométrio.

O tratamento, de acordo
com o ginecologista, pode ser cirúrgico – considerado mais completo porque
retira os focos da doença e melhora as chances de concepção – ou hormonal, à
base de pílulas anticoncepcionais, por exemplo. “Melhora a dor, mas a doença
continua lá”, alertou. (Agência Brasil)

 

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