Novo tratamento contra câncer de mama aumenta as taxas de sobrevivência de pacientes

Além de ser menos tóxico, o medicamento aumenta as chances de sobrevivência em até 70%, de acordo com cientistas

Postado em: 19-07-2019 às 15h30
Por: Leandro de Castro Oliveira
Imagem Ilustrando a Notícia: Novo tratamento contra câncer de mama aumenta as taxas de sobrevivência de pacientes
Além de ser menos tóxico, o medicamento aumenta as chances de sobrevivência em até 70%, de acordo com cientistas

Ingryd Bastos

Em uma reunião da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago, que acontece anualmente, cientistas concluíram que a adição do medicamento conhecido como inibidor de ciclinas fez com o que o tratamento aumentasse a taxa de sobrevivência em 70%, das 46% mulheres que receberam o medicamento. 

Foi possível constatar a evolução em apenas 10 meses de medicação, a redução no risco de morte diminuiu 29%, essa foi a primeira pesquisa que demonstrou um aumento significativo de sobrevivência de mulheres na pré-menopausa com tumor positivo.

Continua após a publicidade

O teste foi feito com 670 mulheres com menos de 56 anos, portadoras de câncer em nível avançado. Outro aspecto importante na pesquisa é que o medicamento é menos tóxico que a quimioterapia tradicional, ele ataca as células cancerígenas de forma mais seletiva, evitando a sua multiplicação.

Uma das pesquisadoras responsáveis pelo estudo, Sara Hurvitz, disse que a pesquisa tem foco em pelo menos dois terços de todos os casos da doença. “Realmente pode-se obter uma forma de eliminar o câncer, ao acrescentar um destes inibidores no ciclo celular”, comemora.

Apesar da evolução desse medicamento, outra pesquisa sobre a imunoterapia não teve tanto sucesso, o Dr. Romualdo Barroso explica que a introdução da imunoterapia junto às quimioterapias não fizeram efeito algum, não evitou a progressão da doença, nem aumentou o tempo de vida das mulheres. Mas o médico oncologista vê esse resultado com bons olhos, para ele a medicina também evolui quando descobrem quais caminhos não devem seguir. “Tão fundamental quanto encontrar formas de controlar a doença é entender quais caminhos não funcionam, para que a medicina foque em novas alternativas”, ressalta o médico. 

 

Veja Também