Jordana Ayres
Há exatamente 89 anos, no dia 24 de fevereiro de 1932 o Código Eleitoral brasileiro, ainda que de maneira restritiva (apenas mulheres casadas poderiam votar com a permissão do marido e viúvas que tinham renda própria), passou a assegurar o voto feminino. Essa conquista se tornou um grande marco na história das lutas feministas em busca de igualdade que perduram até os dias atuais, afinal, a sociedade apesar de já ter evoluído bastante, quando comparada a aquela época, ainda é marcada pelo patriarcado.
Atualmente é possível constatar a presença de mulheres que decidiram assumir a vida pública, encarando carreiras políticas compostas majoritariamente por homens, como acontece em Goiás. Apesar do contingente eleitoral ser composto majoritariamente por elas, passando a margem dos 50%, apenas 9 estão ocupando cargos políticos à frente de cadeiras importantes no poder Legislativo em Goiás e Goiânia. São 5 vereadoras na capital, 2 deputadas estaduais e 2 federais.
Para a delegada e deputada estadual Adriana Accorsi, a partir do momento em que as mulheres garantiram o direito de voto, elas puderam interferir no futuro das próprias vidas. “As decisões políticas são, na verdade, imprescindíveis e importantes já que é na política que se define uma série de situações que interferem na nossa felicidade, na solução dos nossos problemas e garantias dos nossos direitos. Essa conquista é de certa forma muito recente no Brasil e mostra que tudo que construímos foi na base de muito esforço e muita luta.”
Adriana acredita que para a política seja realmente democrática e represente a população, ao menos metade dos cargos eletivos deveriam ser compostos por mulheres, principalmente porque quando estão em postos de poder e decisão, conseguem pensar nos problemas e angústias de toda a sociedade. “Tenho certeza que a política seria mais honesta, inclusiva, transparente e próxima das necessidades. Por exemplo, eu fui a primeira deputada que fez um projeto criando vagas de emprego e também um fundo para política de capacitação para mulheres vítimas de violência porque nós sabemos que muitas delas somente deixam um relacionamento onde são agredidas quando possuem condição de garantir a sobrevivência dos filhos”, diz. Accorsi também criou emendas parlamentares para construir salas lilás no IML, destinando quase R$ 400 mil reais para a obra.
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