Fundo para a População da ONU reage à suspensão de financiamento pelos EUA

O Unfpa declarou que a medida foi baseada numa "afirmação errônea" de que o fundo apoiaria abortos ou esterilização involuntária na China

Postado em: 04-04-2017 às 14h15
Por: Toni Nascimento
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O Unfpa declarou que a medida foi baseada numa "afirmação errônea" de que o fundo apoiaria abortos ou esterilização involuntária na China

O Fundo das Nações Unidas para a População (Unfpa, na sigla
em inglês) lamentou, em comunicado divulgado nesta terça-feira (4), a decisão
dos Estados Unidos de cortar o seu financiamento à agência. O Unfpa declarou
que a medida foi baseada numa “afirmação errônea” de que o fundo
apoiaria abortos ou esterilização involuntária na China.

O órgão revela que sua missão é garantir que cada gravidez
seja desejada, cada parto seja seguro e cada jovem tenha um potencial
brilhante. O Unfpa destaca que as contribuições recebidas dos EUA salvaram
dezenas de milhares de mães de mortes e incapacidades evitáveis, especialmente
com o rápido progresso de crises humanitárias globais.

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“Força para o Bem”

No comunicado, o fundo da ONU explica que o seu trabalho
promove os direitos humanos de indivíduos e casais para que estes “tomem
decisões próprias, livres de coerção ou discriminação”.

A agência disse que os estados-membros veem a sua ação na
China como “uma força para o bem”.

O órgão realça ainda que os EUA são um dos membros
fundadores do Fundo, com uma longa parceria que visa proteger e promover a
saúde reprodutiva e os direitos femininos, estimulando assim a saúde da
beneficiárias e suas famílias.

As contribuições norte-americanas apoiavam o combate à
violência de gênero, além da redução de mortes maternas em ambientes mais
frágeis, áreas de conflito e de desastres naturais em países como Iraque,
Nepal, Sudão, Síria, Filipinas, Ucrânia e Iêmen.

A agência reiterou a sua vontade de continuar a trabalhar
com os Estados Unidos para responder a essas preocupações globais e restaurar a
forte parceria para salvar vidas de mulheres e meninas em todo o mundo.

(Agência Brasil) 

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