Terça-feira, 19 de março de 2024

Colômbia vai denunciar à ONU militarização da sociedade venezuelana

Para a Venezuela, governos dessas nações 'violentam' leis internacionais e respaldam suposto 'intervencionismo' do exterior

Postado em: 19-04-2017 às 11h30
Por: Renato
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Para a Venezuela, governos dessas nações 'violentam' leis internacionais e respaldam suposto 'intervencionismo' do exterior

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse que
pediu à chanceler do país, María Ángela Holguín, que leve, nesta quarta-feira
(19) à Organização das Nações Unidas (ONU) a preocupação de seu governo com a
“militarização da sociedade venezuelana”, anunciada pelo presidente
Nicolás Maduro. A informação é da Agência EFE.

“Solicitei à chanceler que peça hoje ao
secretário-geral da ONU atenção com a preocupante militarização da sociedade
venezuelana”, escreveu o chefe de Estado em seu Twitter.

Holguín viajou ontem para Nova York, onde se reúne hoje com
representantes das Nações Unidas, lideradas pelo secretário-geral, Antonio
Guterres, para apresentar os avanços da missão do organismo internacional na
aplicação do acordo de paz firmado com as Forças Armadas Revolucionárias da
Colômbia (Farc).

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A Colômbia e a Venezuela compartilham uma fronteira
terrestre de 2.219 quilômetros e, por isso, a crise do país vizinho é seguida
com atenção pelas autoridades de Bogotá.

Em mensagem publicada nessa terça-feira (18), Santos
manifestou “séria preocupação” com o anúncio do presidente Maduro
sobre um plano para aumentar os membros da Milícia Bolivariana.

Maduro disse, segunda-feira passada em Caracas, que aprovou
um plano com o objetivo de expandir para 500 mil os membros da Milícia
Bolivariana, armados com fuzis, a fim de que se desdobrem em todas as áreas de
defesa integral do país.

O novo pronunciamento de Santos ocorre após os de mais 11
governos da América Latina. Eles rejeitaram a morte de seis pessoas nos últimos
protestos na Venezuela e pediram que seja evitada “qualquer ação de
violência” na jornada de manifestações convocada para hoje.

O pronunciamento foi considerado pelo Executivo venezuelano
uma “grosseira ingerência”. Para a Venezuela, os governos dessas
nações “violentam” as leis internacionais e respaldam um suposto
“intervencionismo” do exterior. Os países foram ainda acusados de
apoiar a “violência” da oposição.

“A Venezuela rejeita grosseira ingerência da Argentina,
do Brasil, Chile, da Colômbia, Costa Rica, Guatemala, de Honduras, do México, Paraguai
Peru e Uruguai”, disse a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez. (Agência
Brasil) 

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