Deputados aprovam eleições antecipadas

A Câmara dos Comuns do Reino Unido aprovou ontem (19), por 522 votos a 13, a realização de eleições gerais antecipadas no

Postado em: 20-04-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa

A Câmara dos Comuns do Reino Unido aprovou ontem (19), por 522 votos a 13, a realização de eleições gerais antecipadas no Reino Unido no dia 8 de junho, conforme proposta feita pela primeira-ministra, a conservadora Theresa May. As informações são da Agência EFE.

A premiê, que chegou ao poder sem passar pelas urnas após o referendo sobre a União Europeia (UE) em 23 de junho do ano passado, anunciou anteontem (18) de surpresa sua intenção de antecipar as eleições com o fim de assegurar seu mandato para as negociações com Bruxelas para o Brexit, como ficou conhecido o processo de saída da Grã-Bretanha da União Europeia. O próximo pleito estava previsto para maio de 2020, quando terminaria a atual legislatura.

Para prosperar, o texto necessitava do apoio de dois terços da Câmara, que tem um total de 650 cadeiras, o que obteve amplamente, graças ao apoio da maioria conservadora e da oposição trabalhista e liberal-democrata, com a abstenção dos independentistas escoceses.

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Após a aprovação dessa moção, espera-se que o Parlamento se dissolva em 3 de maio – na véspera das eleições municipais no Reino Unido – para dar início à campanha eleitoral.

May e o líder do principal partido da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, trocaram duras acusações durante o debate parlamentar sobre as eleições.

Em sua intervenção, a líder conservadora acusou o dirigente social-democrata de “não estar capacitado” para dirigir o Reino Unido, enquanto este afirmou que ela quebrou sua promessa de não convocar, em nenhum caso, eleições gerais antecipadas.

“Cumprimentamos a convocação de eleições, mas esta é uma primeira-ministra que disse que elas não ocorreriam, uma primeira-ministra na qual não se pode confiar”, afirmou Corbyn, que acusou May de também querer “fugir” dos debates televisivos, dos quais ela se nega a participar.

A líder reiterou que era necessário antecipar as eleições com o objetivo de garantir “estabilidade e liderança” ao país para as negociações com Bruxelas para a saída da UE.(Abr) 

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