Protesto na Venezuela acaba em confronto entre manifestantes e policiais

Os manifestantes pretendiam chegar à sede do TSJ, mas tiveram a passagem impedida a poucos metros do ponto de partida pela Guarda Nacional Bolivariana

Postado em: 22-07-2017 às 17h45
Por: Márcio Souza
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Os manifestantes pretendiam chegar à sede do TSJ, mas tiveram a passagem impedida a poucos metros do ponto de partida pela Guarda Nacional Bolivariana

Uma passeata em direção à sede do
Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) em Caracas,na Venezuela, convocada pela oposição
para expressar apoio aos 33 magistrados designados na sexta-feira (21) pelo Parlamento,
foi bloqueada pelas forças de segurança neste sábado, o que gerou confrontos
entre manifestantes e agentes.

Os manifestantes pretendiam
chegar à sede do TSJ, mas tiveram a passagem impedida a poucos metros do ponto
de partida pela Guarda Nacional Bolivariana, que os obrigou a recuar com bombas
de gás lacrimogêneo.

Os agentes se encontraram em
Chacao, um reduto da oposição no leste de Caracas, com um grupo de jovens
conhecido como “a resistência”, que repeliu os ataques com escudos
caseiros e também atacou os oficiais com diversos objetos.

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O deputado opositor Miguel
Pizarro denunciou em vídeo publicado nas redes sociais a “repressão em
Chacao” com “bombas de gás lacrimogêneo lançadas contra os
manifestantes da estrada com alguns tanques”.

O deputado Ángel Medina denunciou
em mensagem no Twitter uma “forte repressão” na estrada Francisco
Fajardo, à altura de Chacao. “O nosso povo, em protesto pacífico, atacado
pela ditadura”, acrescenta a mesma mensagem.

A oposição tinha anunciado a
intenção de chegar ao TSJ para expressar respaldo aos 33 magistrados designados
na sexta-feira pelo Parlamento, não reconhecendo os que foram designados em
2015 por um Legislativo de maioria chavista.

A Venezuela vive desde 1º de
abril uma onda de protestos contra o governo gerados após o Tribunal Supremo
assumir as funções do Legislativo. Algumas decisões foram revogadas
posteriormente.

Pelo menos 100 pessoas morreram
até agora em episódios de violência relacionados com as manifestações, que
frequentemente resultam confrontos com as forças da ordem.

(Agência Brasil)

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