Atentado a bomba mata quatro soldados no Paquistão

Principal grupo talibã paquistanês, Tehrik-i-Taliban Pakistan (TTP), reivindicou a autoria do atentado

Postado em: 15-10-2017 às 13h30
Por: Victor Pimenta
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Principal grupo talibã paquistanês, Tehrik-i-Taliban Pakistan (TTP), reivindicou a autoria do atentado

Um atentado com bomba neste domingo (15) matou quatro
soldados e feriu três em áreas tribais do Paquistão. O ataque ocorreu quando tropas
paquistanesas buscavam os sequestradores do casal Joshua Boyle e Caitlan
Coleman e de seus três filhos, cuja libertação nessa região foi anunciada na
quinta-feira passada.

O Departamento de Comunicação do Exército paquistanês
informou, em comunicado, que os quatro soldados morreram na explosão de um
artefato explosivo improvisado em Kharlachi, na zona tribal de Kurram, no
noroeste do país. “As tropas faziam parte de uma equipe de busca dos
sequestradores dos estrangeiros resgatados no outro dia”, informou o
comunicado.

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O principal grupo talibã paquistanês, Tehrik-i-Taliban
Pakistan (TTP), reivindicou a autoria do atentado em um comunicado emitido por
seu porta-voz, Mohammed Khurasani.

O primeiro-ministro paquistanês, Shahid Khaqan Abbasi, também
divulgou nota na qual lamenta a morte dos soldados, “que sacrificaram a
vida defendendo a mãe-pátria das forças do mal”.

O Exército paquistanês tinha anunciado quinta-feira o resgate
da família na zona de Kurram. O casal e os três filhos foram sequestrados no
Afeganistão em 2012.

Ao chegar a Toronto, Joshua Boyle pediu ao governo afegão que
persiga a rede Haqqani, grupo guerrilheiro vinculado aos talibãs, e disse que
os sequestradores chegaram a estuprar sua mulher e mataram uma filha, que
nasceu em cativeiro, como os outros três filhos do casal, que sobreviveram.

A liberdade da família ocorre em um momento de tensão entre o
Paquistão e os Estados Unidos, após o presidente americano, Donald Trump, ter
afirmado em 21 de agosto, que Islamabad tinha “muito a perder” caso
continuasse “abrigando” terroristas. 

Fonte: Agência Brasil e Agência EFE. (Foto: Reprodução)

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