Aloysio Nunes declara que Brasil mantém portas abertas para receber refugiados

Declaração foi feita durante a abertura da Reunião de Consulta da América Latina e do Caribe como Contribuição para o Pacto Global sobre Refugiados. Reunião conta com a participação de representantes

Postado em: 19-02-2018 às 12h40
Por: Victor Pimenta
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Declaração foi feita durante a abertura da Reunião de Consulta da América Latina e do Caribe como Contribuição para o Pacto Global sobre Refugiados. Reunião conta com a participação de representantes

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, reiterou a
disposição do Brasil em manter abertas as portas aos refugiados, a exemplo do
que fez ao longo de sua história com imigrantes que buscaram acolhimento no
país. A declaração foi feita hoje (19) durante a abertura da Reunião de
Consulta da América Latina e do Caribe como Contribuição para o Pacto Global
sobre Refugiados.

“Vivemos num país construído em grande parte com gente do
mundo inteiro. Um país que recebeu e acolheu imigrantes que vieram para o
Brasil. Muitos vieram voluntariamente, mas muitos vieram forçados”, disse o
ministro, destacando que a presença de estrangeiros enriquece o país.

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Para o ministro, a resposta do Brasil ao drama dos
refugiados, em especial no caso dos venezuelanos que buscam refúgio no país,
tem sido um “estrito cumprimento” das obrigações do país. “O presidente
[Michel] Temer, cumprindo a legislação brasileira, vem mobilizando o governo
para regularizar a situação dos venezuelanos [que buscam refúgio no Brasil].
Ele reiterou que o Brasil jamais fechará suas portas [aos refugiados
venezuelanos]”, disse o ministro, acrescentando que tem como expectativa que as
reuniões do grupo contribuam para a definição de um pacto global para lidar com
a situação que atinge diversas partes do mundo.

Também presente na abertura do encontro, o Alto Comissário
das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Filippo Grandi, defendeu a inclusão
de refugiados nos programas sociais desenvolvidos pelos países que integram o
grupo. “Todos os dias milhares de pessoas tomam a decisão de abandonar tudo o
que é mais caro em busca de seguranças. Essas pessoas são obrigadas [a fazer
isso]. E nós temos que responder”, disse Grandi.

“Eu os parabenizo por manterem as fronteiras abertas, e
gostaria de incentivá-los a manter. A Acnur está pronta a ajudar esses países e
simplificar os procedimentos. Continuem fazendo isso, respeitando as garantias
e incluindo o princípio e o direito de solicitar asilo”, acrescentou.

A reunião, iniciada hoje, conta com a participação de
representantes de 36 países, e discute a situação dos refugiados na América
Latina e no Caribe. O objetivo é avaliar como os países da região têm atuado
para garantir a proteção e oferecer apoio a essas pessoas. O debate tem como
base o Plano de Ação do Brasil, conjunto de compromissos aprovado por países da
América Latina e Caribe em 2014, tendo como foco a assistência a refugiados e
apátridas.

O encontro ocorre no momento em que o Brasil vive uma situação
complexa de chegada de alto número de cidadãos venezuelanos na Região Norte, em
especial no estado de Roraima. Segundo estimativa da prefeitura de Boa Vista,
mais de 40 mil pessoas do país vizinho chegaram à cidade, o que corresponde a
mais de 10% da população local.

 Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Internet)

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