Autor dos disparos em escola na Flórida sofria de depressão e autismo

Foi registrada uma onda de protestos na Flórida e em vários estados americanos pedindo mudanças nas leis para promover maior rigor no controle de armas no país após o massacre do dia 14 de fevereiro

Postado em: 20-02-2018 às 14h00
Por: Victor Pimenta
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Foi registrada uma onda de protestos na Flórida e em vários estados americanos pedindo mudanças nas leis para promover maior rigor no controle de armas no país após o massacre do dia 14 de fevereiro

Nikolas Cruz, o autor dos disparos na escola de ensino médio
Stoneman Douglas High School, em Parkland, na Flórida, sofria de depressão e já havia sido
diagnosticado com autismo e déficit de atenção. A informação foi divulgada
ontem (19) pelo Departamento de Crianças e Famílias daquele estado do sul dos
Estados Unidos. Segundo relatório do órgão, o rapaz de 19 anos, recebia
tratamento psiquiátrico e usava remédios controlados desde 2016.

Na última quarta-feira (14), o garoto entrou na escola de
onde havia sido expulso por mau comportamento e matou 17 pessoas com um rifle
AR-15 e vários carregadores automáticos, deixando ainda 14 feridos, alguns
seriamente. Ele havia sido expulso da escola no ano passado e não tinha
permissão para entrar no prédio com mochilas.

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Além da revelação sobre o tratamento psiquiátrico de Cruz,
grandes emissoras americanas, como a NBC e CBS, apuraram que o Serviço de
Proteção a Adultos na Flórida foi notificado em 2016 de que Nikolas Cruz vinha
sendo vítima de abusos de sua mãe, morta em novembro do ano passado. Mas
segundo as redes de TV, a denúncia foi considerada falsa, porque as
investigações concluíram que ele não sofria maus tratos.

A ficha sobre o rapaz o descrevia como uma pessoa vulnerável.
Quando começou o tratamento psiquiátrico, Nikolas Cruz não possuía nenhuma
arma. Ao comparecer à Corte, o jovem e seus advogados afirmaram que Cruz disse
estar arrependido e que “algo ruim” se apoderou dele quando  atirou contra os colegas.  Ele disse à polícia ter ouvido vozes dentro
de sua cabeça, que ele descreveu como “demônios”.

Após o massacre, foi registrada uma onda de
protestos na Flórida e em vários estados americanos pedindo mudanças nas leis
para promover maior rigor no controle de armas no país. O presidente Donald
Trump contudo não defendeu a ideia do controle, mas aceitou discutir com
professores e alunos sobre a segurança nas escolas do país. Só este ano, pelo
menos 19 incidentes com armas de fogo foram registrados dentro de escolas de
ensino médio nos Estados Unidos. 

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Reuters/Broward County Sheriff)

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