Mais de 13,6 mil pessoas morreram em terrorismo jihadista no ano passado

Mogadíscio, capital da Somália, liderou a lista dos atentados mais sangrentos, pois 512 pessoas morreram no dia 14 de outubro em um ataque contra civis feito pelo Al Shabaab

Postado em: 21-02-2018 às 12h50
Por: Márcio Souza
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Mogadíscio, capital da Somália, liderou a lista dos atentados mais sangrentos, pois 512 pessoas morreram no dia 14 de outubro em um ataque contra civis feito pelo Al Shabaab

Os jihadistas cometeram 1.459
atentados em 42 países durante 2017, sobretudo no Iraque, Afeganistão, na
Nigéria, Somália e Síria, com o resultado de 13.634 mortos – a metade de
vítimas civis –, informou nesta quarta-feira o Observatório Internacional de
Estudos sobre Terrorismo, com sede na Espanha. 

Dois de cada três mortos são dos
cinco países citados (10.583), segundo o anuário do terrorismo jihadista dessa
organização, patrocinado pelo Grupo de Vítimas do Terrorismo do País Basco
(Covite), região espanhola que sofreu durante várias décadas os atentados da
ETA.

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No ano da queda do Estado
Islâmico (EI), um em cada cinco países do mundo foi palco do terrorismo, mas o
Iraque foi o mais afetado, pois chegou a concentrar 35% de todos os atentados
(505), muito na frente dos 187 do Afeganistão.

Além disso, 48% dos atentados
cometidos por organizações jihadistas tinham como fim atacar alvos civis,
enquanto 35% perseguiam alvos relacionados às forças de segurança ou
instalações governamentais, e 11,2%, religiosos.

Foram o Estado Islâmico e seus
braços os mais ativos, responsáveis por 43,9% das ações terroristas (641),
seguidos dos grupos talibãs, com 17,5% (225); Boko Haram, com 9,4% (137); Al
Shabaab, com 7,5% e 109 atentados, e os braços de Al Qaeda, com 6,2% e 90
ações.

Os 227 atentados restantes foram
cometidos por outras organizações terroristas.

Quase todos os grupos usaram uma
porcentagem elevada como modus operandi o ataque suicida.

E, segundo o estudo, o Estado
Islâmico assassinou mais da metade de todas as vítimas do terrorismo jihadista
(7.024 mortos), seguido dos talibãs (2.718).

Mogadíscio, capital da Somália,
liderou a lista dos atentados mais sangrentos, pois 512 pessoas morreram no dia
14 de outubro em um ataque contra civis feito pelo Al Shabaab.

Outro ato terrorista do EI, em 24
de novembro no Sinai (Egito), foi o segundo com mais mortes (305), e o terceiro
foi feito pelos talibãs em 21 de abril em Balkf (Afeganistão).

Das 15 ações cometidas na França,
no Reino Unido, na Bélgica, Alemanha, Suécia, Finlândia e Espanha, dez causaram
mortos: 62 no total.

França e Reino Unido foram os
países europeus mais afetados pelos atentados, com quatro cada um. 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução

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