Paraguai poderá ser o 3º país a transferir embaixada em Israel

Segundo a imprensa israelense, o presidente paraguaio desembarcará no dia 21 para abrir a nova embaixada do país. Honduras também apoia essa posição

Postado em: 16-05-2018 às 10h10
Por: Márcio Souza
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Segundo a imprensa israelense, o presidente paraguaio desembarcará no dia 21 para abrir a nova embaixada do país. Honduras também apoia essa posição

O Paraguai poderá transferir, até o fim deste mês, de Tel
Aviv para Jerusalém, sua embaixada em Israel. No entanto, a decisão do atual
presidente, Horácio Cartes, pode ser revista por seu sucessor, o governista
Mario Abdo Benítez, que tomará posse no dia 15 de agosto.

Benítez – que foi eleito presidente em abril – disse que não
foi consultado por Cartes. “Israel é um país amigo do Paraguai”, afirmou. Mas,
ainda assim, o presidente eleito acha que a decisão de mudar a embaixada é uma
questão “diplomática”, que precisa ser analisada com “muita maturidade”.

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Segundo a imprensa israelense, o presidente paraguaio
desembarcará no dia 21 para abrir a nova embaixada do país. Honduras também
apoia essa posição.

Hoje (16), a Guatemala se torna o segundo país, depois dos
Estados Unidos, a transferir a embaixada em Israel para Jerusalém – uma cidade
sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos, que tanto os israelenses quanto os
palestinos reclamam como capital e cujo status legal teria que ser definido
pelas negociações de paz.

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de
unilateralmente reconhecer Jerusalém como capital de Israel foi criticada pela
maioria da comunidade internacional. Muitos países – entre eles o Brasil –
argumentam que o status da cidade sagrada só pode ser determinado por um acordo
de paz entre israelenses e palestinos. Os dois povos estão em guerra há 70
anos, desde a criação do Estado de Israel, em 14 de maio de 1948 – uma data que
os palestinos batizaram de Dia da Catástrofe, porque resultou na expulsão de
700 mil árabes de um território que, até então, era colônia britânica.

Dos 86 países com representação diplomática em Israel, pouco
mais de um terço assistiu à inauguração da nova embaixada norte-americana na
segunda-feira (14), enquanto forças de segurança israelenses reprimiam
protestos dos palestinos na Faixa de Gaza, a menos de 100 quilômetros de
distância. Mais de 50 pessoas foram mortas e mil feridas. Tanto Israel quanto
os Estados Unidos foram duramente criticados pelo excessivo uso de violência.

 Com informações da Agência Brasil. 

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