Quinta-feira, 28 de março de 2024

Quase 2.400 crianças morreram no Iêmen nos últimos anos

“Quase 2.400 crianças perderam a vida desde março de 2015 e 3.600 foram feridas gravemente ou mutiladas nessa guerra”, disse representante do Unicef no Iêmen

Postado em: 11-08-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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“Quase 2.400 crianças perderam a vida desde março de 2015 e 3.600 foram feridas gravemente ou mutiladas nessa guerra”, disse representante do Unicef no Iêmen

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) informou que quase 2.400 crianças morreram no Iêmen nos últimos três anos. A instituição pediu às partes em conflito que respeitem a população civil, após a morte ontem em um bombardeio de mais de 50 pessoas, 29 delas menores.

“Quase 2.400 crianças perderam a vida desde março de 2015 e 3.600 foram feridas gravemente ou mutiladas nessa guerra”, disse, em mensagem no Twitter, a representante do Unicef no Iêmen, MeritxellRelano.

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Ela manifestou preocupação com a situação na província de Saada (norte), onde um bombardeio ontem deixou 50 mortos e 77 feridos, de acordo com o chefe da delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha Internacional (CICV) no Iêmen, JohannesBruwer.

“Estamos muito preocupados com a situação em Saada, onde um número ainda não determinado de crianças morreu e mais 35 pelo menos foram feridas gravemente”,afirmou a representante do Unicef.

Meritxell acrescentou que os menores viajavam “em um caminhão, aparentemente para atividades em uma escola” de uma região muito afetada pelo conflito, na qual “muitas crianças morreram”.

“Pedimos a todas as partes em conflito que, por favor, respeitem as leis humanitárias, as leis da guerra e que não se produzam mais ataques contra civis, infraestruturas civis, como hospitais, escolas e pontos de saneamento, mas especialmente as crianças, que são as mais vulneráveis”, acrescentou a representante do Unicef.

A coalizão árabe confirmou o bombardeio dessa quinta-feira, que ocorreu após a morte de um civil no dia anterior, durante o lançamento de um míssil pelos rebeldes houthis, que também deixou 11 feridos em Yazan, no sudoeste da Arábia Saudita.

O porta-voz da coalizão, Turki al Maliki, qualificou o bombardeio como “uma ação militar legítima contra os elementos que planejaram e perpetraram o ataque contra civis na noite de ontem na cidade de Yazan”.

Este não é o primeiro ataque que deixa alto número de vítimas civis no Iêmen. No último dia 2, o bombardeio em um mercado e um hospital próximo em Al Hudaydah deixou mais de 50 mortos, segundo fontes dos rebeldes houthis.

O conflito armado no Iêmen começou em 2014, quando os rebeldes houthis ocuparam Sana e outras províncias, e se agravou em 2015 com a intervenção da coalizão militar integrada por países sunitas e liderados pela Arábia Saudita, a favor das forças leais ao presidente iemenita, AbdRabbuh Mansur Al-Hadi. (Agência Brasil) 

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