Governo dos EUA exclui três usinas nucleares de sanções

Pesidente americano Donald Trump se retirou do acordo em maio deste ano e anunciou que retomaria as sanções ao País

Postado em: 07-11-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Pesidente americano Donald Trump se retirou do acordo em maio deste ano e anunciou que retomaria as sanções ao País

O governo dos Estados Unidos (EUA) eximiu nessa segunda-feira (5) de sanções três usinas nucleares iranianas para que possam continuar operando como até agora, mas avisou que estarão sob a mais estrita vigilância a fim de evitar o desenvolvimento de uma bomba nuclear, informou o Departamento de Estado.

As usinas beneficiadas por essa medida são as de Arak (centro do Irã), Bushehr (sul) e Fordow, perto da cidade de Qom e que foi construída debaixo da terra para se proteger de qualquer ataque militar.

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Em comunicado, a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, explicou que a medida é “interina” e permite unicamente a continuação dos projetos de não proliferação em Arak, Bushehr e Fordow “sob o mais estrito escrutínio para garantir a transparência” do Irã.

Como resultado dessa medida, segundo Nauert, continuará a supervisão internacional sobre as instalações nucleares do Irã.

Nauert considerou que as inspeções melhoram a capacidade dos EUA para “restringir” o programa nuclear iraniano e seguir pressionando Teerã, para forçar a negociação de um pacto que não se limite ao programa nuclear e englobe seu apoio a grupos como a organização xiita libanesa Hezbollah.

Hoje, o Executivo americano voltou a impor sobre o Irã as sanções que tinha suspendido após a assinatura do acordo nuclear em julho de 2015 entre a República Islâmica e o G5+1, então integrado pela Rússia, China, o Reino Unido, a França, Alemanha e os Estados Unidos.

O presidente americano, Donald Trump, se retirou do acordo em maio e anunciou que retomaria as sanções.

Esse pacto fixava restrições na posse de urânio enriquecido, assim como mudanças no projeto de algumas usinas nucleares, incluindo o redesenho do reator de pesquisa de Arak, para reduzir a produção potencial de plutônio, outro material suscetível de alimentar armas atômicas.

Até agora, os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) confirmaram que o Irã segue cumprindo com todas as limitações impostas ao seu programa nuclear.

As sanções que os EUA voltaram a impor hoje afetam a venda de petróleo iraniano, as transações financeiras com o seu Banco Central e o setor portuário do país, embora contemple isenções para oito países (China, Índia, Itália, Grécia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Turquia). (Agência Brasil) 

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