Macron visita Arco do Triunfo para comprovar danos após protestos

O presidente da França, Emmanuel Macron, visitou neste domingo (2) o Arco do Triunfo para verificar os danos que o monumento sofreu,

Postado em: 03-12-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O presidente da França, Emmanuel Macron, visitou neste domingo (2) o Arco do Triunfo para verificar os danos que o monumento sofreu, um dos símbolos da República, que ontem foi alvo de vandalismo durante os protestos dos chamados coletes amarelos.

Macron, acompanhado do ministro do Interior, Christophe Castaner, prestou homenagem ao túmulo do soldado desconhecido, que representa todos os franceses mortos na Primeira Guerra Mundial e foi sujado ontem pelos arruaceiros que deixaram sobre ele latas de cerveja e outros objetos.

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O presidente voltou imediatamente à França após participar da Cúpula do G20 em Buenos Aires. Os protestos na França são contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis, que transformou a capital em um campo de batalha. Hoje, Macron se reunir com os integrantes do governo para avaliar a situação.

O presidente e o ministro do Interior entraram no monumento para verificar os danos, entre os quais se destacam uma estátua destruída de Marianne – a figura alegórica da República Francesa – e graves prejuízos na loja do museu, além das pichações na fachada do Arco que esta manhã começaram a ser removidas.

Presos 412 manifestantes

Além disso, o ministro e o secretário de Estado do Ministério do Interior, Laurent Nuñez, deverão comparecer ao Senado, controlado pela direita, na próxima terça-feira, em uma audiência para dar explicações sobre os distúrbios.

O Ministério do Interior francês atualizou hoje os números de detidos durante toda a jornada de manifestações dos chamados coletes amarelos, que resultou em 412 detenções em nível nacional e 133 feridos, dos quais 23 eram membros das forças da ordem.

O movimento dos coletes amarelos nasceu como um protesto contra o aumento nas taxas sobre os combustíveis e se mantém pacífico em grande parte do país.

No entanto, durante dois sábados consecutivos as manifestações derivaram em episódios de violência e transformaram a capital francesa em cenário de distúrbios.

O governo francês não descarta decretar o estado de emergência depois dos graves atos de ontem em Paris, segundo comentou hoje o seu porta-voz, Benjamin Griveaux, que garantiu que “todas as medidas devem ser estudadas”. (Agência Brasil) 

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