Chile fecha fronteiras para conter novas variantes da Covid-19

O país, que já vacinou mais de 35% de sua população, registrou ontem (01/04) o total de 1.003.406 infecções por Covid-19 | Foto: Ivan Alvarado/Reuters

Postado em: 02-04-2021 às 11h35
Por: Augusto Sobrinho
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O país, que já vacinou mais de 35% de sua população, registrou ontem (01/04) o total de 1.003.406 infecções por Covid-19 | Foto: Ivan Alvarado/Reuters

As autoridades chilenas
anunciaram, nessa quinta-feira (01/02), o fechamento da fronteira do país
sul-americano por um mês, a partir de segunda (05/04). Com isso, o país
pretende desacelerar a propagação do coronavírus e conter o fluxo das novas
variantes. O Chile passou de 1 milhão de número de casos, mas tem uma das taxas
mais rápidas de vacinação no mundo.

A medida foi adotada enquanto os
hospitais alertam para a proximidade de saturação, com vítimas mais jovens e de
meia-idade, após a alta de casos nas últimas semanas. Ontem, o país registrou
7.830 novos casos do vírus, a maior marca em um só dia, atingindo um total de
1.003.406 infecções desde o início da pandemia em março de 2020.

Com as novas restrições nenhum
turista estrangeiro poderá entrar no país, com exceções apenas em casos de
emergência. Além disso, as autoridades também intensificaram as limitações de
movimentação dentro do Chile, como a proibição de compra e entrega de produtos
não essenciais como brinquedos, roupas ou eletrônicos.

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Também foram reduzidas as
permissões de circulação a um pequeno grupo de trabalhadores essenciais,
principalmente profissionais de saúde e funcionários de supermercados, e
restringiram as autorizações para que pessoas saiam de suas casas. O porta-voz
do governo, Jaime Bellolio, pediu veementemente que todos os chilenos levem as
regras a sério.

“É agora que podemos salvar
vidas, que precisamos tomar um cuidado extremo”, disse. “Essa é uma
missão nacional, cada um de nós tem um dever com o nosso grupo familiar e
aqueles próximos de nós para ressaltar a urgência de sermos responsáveis agora,
hoje. Amanhã pode ser tarde demais”, afirmou.

Imunização

O Chile firmou acordos
antecipadamente com fabricantes de vacinas como a Pfizer e a Sinovac e já
vacinou mais de 35% de sua população, ocupando a terceira posição na lista de
imunizações no mundo, de acordo com contagem da Reuters. Mas uma segunda onda
da pandemia atingiu o país antes que ele alcançasse a meta da imunidade de
rebanho, prevista para julho.

O total de casos levou o Chile a
adiar as eleições que aconteceriam no dia 11 de abril, e resultou em acusações
de especialistas sanitários de que o governo permitiu que o triunfo de seu
programa de vacinação contaminasse a mensagem oficial, fazendo com que a
população baixasse a guarda – alegação rejeitada pelo ministro da Saúde,
Enrique Paris.

As restrições de movimento foram
rapidamente aumentadas, e mais de 80% do país de 19 milhões de pessoas está
agora em lockdown para diminuir a pressão nas unidades de tratamento intensivo,
que já estão próximas do colapso. (Agência Brasil – Com informações de Dave
Sherwood e Aislinn Laing – Repórteres da Reuters)

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