EUA promete retirar tropas do Afeganistão até 11 de setembro

O
governo norte-americano anunciou, nesta quarta-feira (14/04), que vai
retirar todos os soldados norte-americanos do Afeganistão até 11 de
setembro. Os Estados Unidos tinham se comprometido com os talibãs a retirar a
totalidade das tropas do país antes de 1º de maio, mas alterou a data
e dará esclarecimentos do novo cronograma, hoje, na Casa Branca.

Para
encerrar a guerra mais longa da história norte-americana, o governo do
ex-presidente, Donald Trump, chegou a um acordo com os talibãs, em fevereiro de
2019, que previa a retirada de todas as forças norte-americanas e estrangeiras
do Afeganistão antes de 1º de maio. Porém foi alterada para a data do 20º
aniversário do ataque terrorista de 11 de setembro de 2001.

“Iniciaremos
uma retirada ordenada das forças restantes e planejamos que todas as tropas
saiam do país antes do 20º aniversário de 11 de setembro”, informou a Casa
Branca em declaração aos jornalistas. Além disso, garantiu que essa
partida seria “coordenada” e simultânea com o das outras forças da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Os
Estados Unidos passaram a intervir no Afeganistão após os atos terroristas em
Nova Iorque e Washington. A intervenção retirou os talibãs do poder em Cabul,
acusando-os de terem acolhido o grupo jihadista Al-Qaeda, responsável pelos
ataques, bem como ao seu líder, Osama bin Laden. Com isso, a promessa de
retirada total das forças militares é um marco para ambos os países.

Apesar
da promessa, a Casa Branca ainda deixou um clima de tensão ao afirmar que
poderá reagir a ataques durante a retirada. “Dissemos aos talibãs, sem
qualquer ambiguidade, que responderemos energicamente a qualquer ataque a
soldados americanos, enquanto procedemos à retirada ordenada e
segura”, acrescentou.

O
Pentágono manifestou recentemente dúvidas sobre a capacidade dos talibãs
de honrarem esse compromisso. Os talibãs têm tido dificuldade em chegar a
um acordo com as forças governamentais de Cabul, em negociações que
começaram em setembro, mas estão paralisadas.

(Agência Brasil – Com informações da RTP – Rádio e Televisão
de Portugal)