Dilma vai dar palestras na Europa

A ex-presidenta viajará pela Espanha, Itália e França

Postado em: 19-01-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A ex-presidenta viajará pela Espanha, Itália e França

Da redação 

A ex-presidente Dilma Rousseff  viajará a Sevilha (Espanha), Lecce (Itália) e Paris (França) entre os próximos dias 21 de janeiro e 5 de fevereiro. No Diário Oficial (DOU) de ontem (18), foi publicado a autorização de afastamento de assessores e seguranças para acompanhar a ex-presidente na Europa.

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Em Sevilha, está prevista a presença de Dilma no seminário “Capitalismo Neoliberal, Democracia Sobrante”, organizado por universidades da Espanha e Portugal. De acordo com a programação do evento, Dilma fará a palestra inaugural com o tema “O ataque à democracia no Brasil e na América Latina”.

Prisão inaceitável

Dilma Rousseff emitiu uma nota à imprensa, na terça-feira (17) considerando “inaceitável” a prisão do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, e disse que o ato representa uma perseguição aos movimentos sociais. Boulos foi detido pela Polícia Militar após reintegração de posse em um terreno particular na Rua André de Almeida, em São Mateus, na zona leste de São Paulo, na manhã da terça (17). 

Segundo o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), ao menos 700 famílias moravam no local, conhecido como Ocupação Colonial em São Mateus. Boulos foi detido sob as acusações de desobediência civil e incitação à violência.

“A prisão do líder do MTST, Guilherme Boulos, é inaceitável. Os movimentos sociais devem ter garantidos a liberdade e os direitos sociais, claramente expressos na nossa Constituição cidadã, especialmente, o direito à livre manifestação”, escreveu Dilma.

Para a ex-presidente petista, prender o líder evidencia um forte retrocesso. “Mostra a opção por um caminho que fere nossa democracia e criminaliza a defesa dos direitos sociais do nosso povo”, afirmou.

Outras manifestações

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) manifestou pelas redes sociais apoio a Boulos, afirmando que o líder estava mediando conflitos em defesa dos direitos sociais. “Mais uma prisão arbitrária da polícia de São Paulo que só confirma o estado de exceção que estamos vivendo”, disse o senador. Outros parlamentares da oposição já haviam se manifestado na Câmara dos Deputados.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) disse que a prisão foi injusta e covarde. “A truculência da tropa de choque da Polícia Militar, que usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra homens, mulheres, idosos e crianças na manhã desta terça-feira (17), foi absurda e desnecessária”, afirmou.

 

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