Quinta-feira, 28 de março de 2024

Fim do horário de verão em Goiás aguarda sanção de Marconi

O projeto que extingue o horário de verão no Estado foi aprovado ontem na Assembleia

Postado em: 22-02-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Fim do horário de verão em Goiás aguarda sanção de Marconi
O projeto que extingue o horário de verão no Estado foi aprovado ontem na Assembleia

Por unanimidade, a Assembleia Legislativa aprovou ontem, em votação definitiva, projeto de lei do deputado Luis Cesar Bueno (PT), que extingue o horário de verão, em Goiás, que agora segue para a sanção do governador Marconi Perillo (PSDB). De acordo com o petista, o governo do Estado tem competência para tomar tal medida.

Ao frisar que a ideia é aproveitar ao máximo a luz natural durante os dias mais longos do verão, a fim de poupar energia, o parlamentar disse reconhecer que não resta dúvida que a medida de fato reduz o gasto com energia durante os meses em que o horário especial vigora. Mas faz uma ressalva. “No entanto, deve-se analisar os custos para a população brasileira e se os sacrifícios impostos compensam os benefícios na economia gerada ao setor elétrico”.

Para o parlamentar, os benefícios advindos da instituição anual do horário de verão não são tão relevantes, se comparados com as vantagens obtidas pelos países localizados em regiões de grandes latitudes. Nessas áreas, ele observa que a variação da duração dos dias e noites é bastante significativa ao longo do ano, fato que justifica a adoção do horário de verão.

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No entanto, o petista salienta que em regiões próximas à linha do Equador, como é o caso do Brasil, essa variação praticamente não existe, tornando a adoção de horário especial no verão uma medida contestável. “Tanto é assim que, nenhum país sub-equatorial adota o horário de verão.

O parlamentar, salienta, em sua justificativa, que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), diz que a economia média no consumo de energia, no horário de pico, durante a vigência do horário de verão, fica entre 4 a 5%. “Cabe, então, questionar se essa economia compensa os enormes sacrifícios impostos à população”. Se é fato que o País economiza energia, não se pode negar igualmente que nossa população paga um preço por isso”.

O fato de ter de adiantar em uma hora o relógio, Luis Cesar observa que as pessoas passam a se levantar mais cedo, o que, segundo ele, provoca consequências como sonolência, fadiga, dores de cabeça, falta de concentração e irritabilidade.

De acordo com o petista, mesmo que o organismo humano consiga se adaptar a essas alterações em poucos dias, não se pode esquecer que algumas pessoas exercem atividades que requerem concentração, como a direção de veículos e trabalho em condições de risco. 

Insegurança

Outro efeito nefasto do horário especial, na avaliação do deputado, é a falta de segurança. Ele lembra que a maioria dos trabalhadores e estudantes, especialmente aqueles com menor renda, além de moradores das áreas periféricas das grandes cidades, ficam expostos à violência ao sair de suas residências.

“A escuridão das primeiras horas da manhã abriga mal feitores de todos os quilates. O risco de ser vítima de assalto, roubos e outras espécies de violência é muito grande”, sustenta. Luis Cesar afirma que preferem chegar atrasados ao trabalho, mesmo com o risco de demissão.

“Esses motivos são suficientes para que a maior parte da população brasileira abomine o horário de verão. Com exceção do setor turístico e de ínfima parcela dos brasileiros que aproveita as horas de luminosidade a mais no dia para o lazer, todos os demais brasileiros sentem-se incomodados e desconfortáveis quando entra em vigor o horário de verão”. (Alego)

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