Quinta-feira, 28 de março de 2024

Câmara avalia parceria com Codese

A principal dúvida dos parlamentares foi a de que a entidade retirasse prerrogativas dos vereadores

Postado em: 23-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A principal dúvida dos parlamentares foi a de que a entidade retirasse prerrogativas dos vereadores

Renan Castro 

Dúvidas dos vereadores de Goiânia em relação a parceria entre a Prefeitura e o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico (Codese) foram tema de debates na Câmara Municipal, ontem (22). A principal dúvida dos parlamentares foi a de que a entidade retirasse prerrogativas dos vereadores. Os recursos necessários para implantar os projetos criados pelos membros do Codese também fizeram parte dos questionamentos dos representantes do Poder Legislativo da capital.

Renato de Sousa Correia, presidente do Codese, fez uso da Tribuna Popular apoiado por mais de vinte representantes da sociedade civil, de empresários e do setor produtivo. A visita foi para apresentar a parceria efetuada entre a entidade e a Prefeitura de Goiânia no último dia 10 de março. Para ser colocada em prática, o acordo precisa do apoio da Câmara Municipal. 

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A parceria ficará vigente até 31 de dezembro de 2020 e tem como objetivo a “melhoria das condições de vida da população de Goiânia e Região Metropolitana tendo como meta elevar a capital até o ano de 2033, a um dos dez municípios brasileiros com melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) saindo da 45ª posição para a 36ª”.

Correia afirmou que a entidade quer “conversar com os poderes Legislativo e Executivo para apresentar ideias e projetos que possam ser viáveis para Goiânia até 2033, ano do centenário da capital”. Segundo ele, o Codese “tira a passividade do cidadão de somente votar nos parlamentares e o coloca na responsabilidade de participar das decisões”.

Com relação às prerrogativas dos parlamentares, Renato Correia explicou que os vereadores poderão participar das câmaras técnicas da entidade para fazer parte dos projetos que serão criados e apresentados ao poder Executivo para serem viabilizados. Quanto aos recursos, ele adiantou que há interesse de organizações da sociedade civil em participar, mas que também vão recorrer a Parcerias Público-Privadas (PPP), devidamente autorizadas pelo poder Legislativo.

O vereador Eduardo do Prado (PV) cobrou da entidade um trabalho “transparente e ético, seja nas relações com a Prefeitura, Câmara, sociedade e com o plano diretor também”. Prado garantiu que “se a questão moral não ficar só no papel” o bloco Por uma Goiânia Melhor, do qual é líder, apoiará a parceria.

Segundo o presidente da Câmara, Andrey Azeredo (PMDB), vereador da base de apoio do prefeito Iris Rezende (PMDB), a visita foi proposta pelo Codese “para que seja desarmada qualquer dúvida e desencontro de informações”. O parlamentar afirmou ainda que a entidade “apresentou o que é a instituição, quais são os projetos e termos de parcerias já firmadas com a prefeitura de Goiânia”. Azeredo ressalta que todos os vereadores questionaram os mais variados pontos e foram respondidos. “Os verdadeiros interesses do Codese foram apresentados. Isso vai permitir que o debate na Casa, quando propostas vierem dos estudos do Codese, possam ser realizados com mais profundidade”, garantiu Andrey.

A entidade

O Codese é uma entidade formada por representantes da sociedade civil organizada sem fins lucrativos, formada por diversas organizações tais como Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-GO), Sinduscon-GO, Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias de Goiás (Secovi), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Universidade Federal de Goiás; Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-GO), Conselho Regional de Engenharia (CREA-GO), Câmara de Dirigentes Logistas (CDL), Creci-Go, Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), Fecomércio, Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade (Ahpaceg), Observatório Social de Goiânia, Sebrae, Sicoob-Engecred, Sinroupas e Sindicato dos estabelecimentos particulares de ensino de Goiânia (Sepego).  

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