Coluna Xadrez: Base do governo avalia que PEC dos Gastos é necessária

Apesar de o secretário da Fazenda, Fernando Navarrete, ter confirmado que o estado de Goiás não deverá aderir ao programa de ajuda

Postado em: 23-03-2017 às 08h00
Por: Renato
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Apesar de o secretário da Fazenda, Fernando
Navarrete, ter confirmado que o estado de Goiás não deverá aderir ao programa
de ajuda do Governo Federal, deputados da base governista na Assembleia
Legislativa reforçam o discurso vindo do Palácio das Esmeraldas de que as
medidas continuam sendo necessárias para a consolidação do ajuste fiscal
realizado nos últimos dois anos. A Proposta de Emenda à Constituição Estadual
(PEC) do teto de gastos estabelece restrições pelos próximos 10 anos e era
justificada principalmente por fazer parte da contrapartida exigida pela União.
“Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Os estados que estão com penúria vão
aderir ao programa do Governo Federal. Nós não temos essa necessidade, mas isso
não quer dizer que não tenhamos que votar a PEC para que possamos pensar no
amanhã”, relata o líder da base, Francisco Oliveira (PSDB). Para Chiquinho, não
há dificuldades na base para definir o relator da proposta, que começará a ter
tramitação hoje na CCJ. “Temos pelo menos três deputados interessados”,
garante.

Protestos

Servidores estaduais voltaram a fazer manifestação
na Assembleia contra a PEC. OS protestos começaram esvaziados, com mobilização
da CUT e do Sintego.

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Ameaça

Os policiais militares, bombeiros e policiais civis,
que ameaçaram deliberar pela greve no início do ano, sequer marcaram presença
na Casa. Esperam ser atendidos durante a tramitação com aprovação de emenda que
os retire do congelamento de salários.

“Momento das especulações”

A definição do governador Marconi Perillo (PSDB) de
que, “do que jeito que as coisas estão indo”, já teria voto definido para
governador, com José Eliton (PSDB), e para senador, com Wilder Morais (PP)
(foto), ainda repercute entre os outros líderes governistas que buscam vaga na
chapa majoritária na eleição estadual de 2018. O secretário Vilmar Rocha,
presidente do PSD, mantém a consideração de realizar alianças até mesmo com a
oposição e não cita apenas as duas vagas ao senado da chapa governista.
“Quantas vagas para disputa ao Senado teremos ano que vem? Pode ser umas oito.
Depende da quantidade de chapas e o PSD vai conversar com todas”, antecipa.
“Decisões mesmo, pra valer, definitivas, só a partir de março do ano que vem.
Agora são especulações, análises de conjuntura, mas daqui um ano muita coisa
vai mudar. É natural que todos demonstrem simpatia e os pré-candidatos busquem
seu espaço”, afirma Vilmar Rocha, que mantém o objetivo de ser candidato ao
senado ou mesmo ao governo.

‘Circunstâncias’

Mas a simpatia do governador não tem um peso maior? “É,
mas tem que ver como ele está trabalhando. Às vezes ele tem uma circunstância,
em um determinado momento, em que ele tem que colocar isso”, responde.

Cargo irrelevante

Vilmar Rocha considera até deixar o governo até a
eleição e define que, “sendo ou secretário ou não, isso é irrelevante, estarei
participando o governo. Outra coisa completamente diferente são as decisões
para o futuro”.

Rodovias

A Assembleia Legislativa aprovou em primeira votação
projeto do governo que federaliza 580 quilômetros de rodovias estaduais. A
justificativa é que haverá mais opções de tráfego e que a manutenção será
melhor pela União.

Lista

Serão transferidos ao governo federal osseguintes
trechos de rodovias goianas: GO-118(227km); GO-241 (24km); GO-050 (156km);
GO-184 (144km); GO-302 (27km) e da GO-180, com extensão de 1,0 km.

Judicialização

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em
Estabelecimentos de Ensino (Contee) ajuizou Ação Direta de
Inconstitucionalidade no STF contra a tramitação da Reforma da Previdência. É a
terceira ação apresentada contra a PEC 287/2016.

Saúde

A Câmara de Goiânia realiza hoje ação de imunização
dos servidores e visitantes da Casa contra a febre amarela. A iniciativa é uma
parceria com a Secretaria de Saúde, que disponibilizou doses da vacina a pedido
da presidência.

Alternância na chapa

Depois das derrotas de Maguito Vilela (2002 e 2006)
e Iris Rezende (2010 e 2014), Maguito definiu que o nome do PMDB em 2018 seja o
de Daniel Vilela. “Tem que acabar com esse negócio de Iris e Maguito, Maguito e
Iris”, disse ao Diário de Goiás.

Nome e número

Marconi Perillo lançará no dia 30 o “Programa Goiás
na Frente”, que investirá R$6,4 bilhões em infraestrutura, saúde, ciência,
inovação, habitação e saneamento. 

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